04/05/16

Nietzschewsky, por Rambo



Dostoiewsky nasceu em 1821 e morreu em 1881. Nietzsche em 1844 e 1900. Quem leu quem? Nietzsche leu Dostoiewsky ou foi o contrário? Em Os irmãos Karamazov, o Diabo aparece a Ivan e diz-lhe (e parece que é Nietzsche a falar ou será o contrário, Dostoiewsky é que fala Nietzsche?):

« Na minha opinião não é preciso destruir nada, salvo a ideia de Deus no espírito do homem: é por aí que se deve começar!... Quando a humanidade inteira renegar a Deus – e eu creio que esse período, como os períodos geológicos, chegará a seu tempo – então a antiga concepção do mundo desaparecerá por si, sem que haja necessidade de passar pela antropofagia e, sobretudo, desaparecerá a antiga moral. Os homens unir-se-ão para obter da vida todos os gozos possíveis, mas neste mundo somente. O espírito humano elevar-se-á a um orgulho titânico e surgirá então o homem-Deus. Triunfando sobre a natureza, sempre e sem limites, graças à sua inteligência e energia, o homem experimentará uma alegria tão intensa que substituirá nele a esperança a e a ânsia de alegrias celestiais. Cada um saberá que é mortal, sem possibilidade de ressurreição, e resignar-se-á à morte com sereno orgulho, como um Deus. Por orgulho, também, abster-se-á de murmurar contra a brevidade da vida e amará os seus irmãos sem esperar qualquer recompensa. O amor não encherá mais que um momento da vida, porém o próprio sentimento da sua brevidade torná-lo-á mais intenso, ao passo que antes dispersava-se nas esperanças dum amor eterno de além-túmulo.»

01/05/16

Um Romance Genial, por Dodot

Hoje, domingo, dia 1 de maio, acordei às 9. 30, abri a janela para deixar entrar a luz e comecei a leitura do 3º volume da tetralogia A Amiga Genial de Elena Ferrante. Quando, finalmente, levantei os olhos cansados e olhei para o relógio eram 11. 30. Se não é isto que se espera de uma grande romance, então o que é?