
Havana parece Madrid pós apocalíptica pintada pelo espanhol António Lopez. A cidade parece ter sido bombardeada mas há uma estranha beleza na sua decadência. Já vi outra cidades destroçadas mas eram, são e serão sempre miseráveis. Havana não é assim. É uma cidade em ruínas mas que já foi imponente. É pobre sim, mas trata-se de uma pobreza romântica e, por isso, a cidade tem uma beleza própria. Sentimos um misto de espanto e de nostalgia, a cidade tem a beleza de hoje e a imaginação do seu passado de esplendor. E, como o passado é incontornável Havana nunca poderá ser um sítio miserável. Mesmo no estado actual de decomposição em que se encontra, Havana tem a beleza sublime da decadência. E não, esta não é a visão do turista que acha muita piada a tudo aquilo mas que sentiria horrores se ali vivesse: mesmo para o nativo, Havana é bela. É certo que a sua vida não é fácil - mas seria muito pior se não vivesse numa cidade como esta.
Antonio López não pinta uma Madrid degradada ou decadente (já no pós apocaliptica não me meto).
ResponderEliminarOs prédios da Gran Via das suas pinturas estão pujantes e ricos (até com publicidade ao supra luxo), quer os da primeira série quer os da segunda.
O que o fascinava era a luz do amanhecer, quase baça, e com as ruas vazias de pessoas e sem qualquer veículo ou movimento.
Apocaliptico pode ser, degradada e bombardeada como te parece Havana é que não será.
M
é a tua perspectiva sobre madrid pintada por lopez, caro M. A tua e não a minha. Manda sempre...
ResponderEliminarComandante