17/02/07

O Tapor em Berlim, por Peter Panzer (replay)


Cheguei de Berlim. Lá fui em peregrinação ao Kat Kat com o meu amigo Walter. «Um antro gay», dizia ele, mas a mim pareceu-me apenas um clube de paneleiragem. Lá dentro estava toda a gente nua ou, na melhor das hipóteses, vestida com fatos de batman sem capa, ajustadinhos ao corpo.


No hall do Kat, atende-me um porteiro metido num fato cor de rosa de Daredevil que me pede para ver os boxers. Uma vez que não falo alemão, expliquei-lhe no meu melhor inglês que só tinha "truces" daqueles meio fanados, castanhos atrás e amarelos à frente. O gajo deixou-me entrar. O Walter não teve problemas porque tem um fato especial que comprou, em segunda mão, numa loja S/M e já tinha aquilo por debaixo da roupa. Um senhor, este Walter! É o primeiro conselho que dou a quem for um dia a Berlim e procurar o inevitável Kat Kat: aluguem uma fatiota destas para ver a noite em Berlim. É outra classe, acreditem...


O antro não tem grande história. É um sítio infernal, completamente negro, com House e Techno, a noite toda, em altos berros. A frequência é a malta da love parade. Práli estão a comer-se uns aos outros. A melhor cena foi a de duas bichas que passaram a noite toda enfiados um no outro em cima de um baloiço que um terceiro empurrava. Dejá Vú!

Mas o mais bizarro foi de um sítio chamado O Trono no interior da discoteca do segundo piso. O Trono é um estrado mais elevado da discoteca, no meio da pista de dança, onde está de gatas um caramelo com uma máscara S/M enfiada na cabeçorra. O gajo está de rabo alçado e há uma dominadora drag queen que lhe vai arrancando, metodicamente, resmas de pelos do cu. Quando ela os tira, o tarado diz-lhe num tom very british: "Thank You, my lady" ao microfone e a malta curte e dança mais desenfreadamente ainda.


Enfim, é outro mundo - saímos de lá às 5 da matina, não sem que antes o Walter tivesse tido uns problemas devido às qualidades eróticas evocativas do seu fato especial de super herói. Os meus truces é que não pareceram ter grande sucesso, vá lá um gajo saber porquê...

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