23/12/11

Monika e O Desejo de Ingmar Bergman (1953), por Monteiro

Bergman joga aqui com a força da natureza bruta, perigosa e irracional, simbolizada por Monika por oposição à tendência de domesticação social, representada por Henrik, o seu noivo - princípio do prazer versus princípio da realidade (Freud).N A personagem de Monika tem também qualquer coisa de Nietzschiano – o filósofo alemão também via a mulher como símbolo desta dimensão telúrica e selvagem (tema retomado, com brilhantismo por outro cineasta nórdico, Lars Von Trier, em o Anti.Cristo). O jovem é seduzido por Monika e abandona toda a sua vida (trabalho, família, etc) para fugir com ela num barco e viver uma paixão que dura o tempo do verão.

Mas Monika engravida e eles acabam por voltar à cidade. Contudo, neste regresso à «vida real», Monika nunca se adapta às exigências da vida social e familiar e acaba por trair Henrik. A sua natureza indomável acaba por vencer. Monika é muito mais que uma história simples acerca dos encontros e desencontros entre um jovem casal – tem uma carga metafórica intensa e é uma reflexão sobre as tensões mais profundas do ser humano.

2 comentários:

Anónimo disse...

Caramelo: Votos de Boas Festas. Espero que esteja tudo bem. Tenho saudades suas... ;) Ana

caramelo disse...

Olá, Ana, tudo bem! Boas Festas para si também! De Ano Novo. beijinhos.