Hoje é o Dia Mundial do Não Fumador. O governo anunciou, à semelhança de outros Estados da União Europeia, uma série de medidas drásticas com o objectivo combater os hábitos tabágicos da população portuguesa. Proibição de fumar nas escolas e nos hospitais. Mesmo nos espaços públicos, como os restaurantes e centros comerciais. E até nos bares e discotecas. A razão justifica-se. Fuma-se cada vez mais. Os fumadores passivos reclamam direitos. O Estado despende quantias enormes no tratamento das doenças causadas pelo tabaco. Eu fui fumador até ao dia que deixei de fumar. Sou, portanto, um ex-fumador. Há quem não seja. Por exemplo, o confrade Grunfo. O Grunfo fuma charutos há pouco tempo. ('tás a ver, ó Marisa, sua nazi de merda, aqui é que leva agá). Embora só fume aos fins-de-semana, pode considerar-se um fumador. E, porque fuma, não é um ex-fumador. Como não são ex-fumadores todos os outros que começam agora a fumar. Jovens. Principalmente raparigas. Ora, como todos sabemos, as raparigas de hoje serão as mães de amanhã. Algumas, pelo menos. ('tão, Marisa, já te veio o período?). E é entre as raparigas adolescentes e as grávidas que o consumo de tabaco tem aumentado nos últimos anos. Compreende-se. Primeiro fode-se e depois fuma-se. O melhor é produzir um pacote legislativo onde se proíba o sexo em conjunto com o tabaco. Se não se foder não se engravida. Se não se engravidar, as grávidas deixam de existir. Se não houver grávidas, deixa de haver o grupo estatístico onde o consumo de tabaco mais cresce. Então, o consumo de tabaco deixa de crescer. Isto é, decresce. Se decresce acabam as campanhas anti-tabágicas. Se há menos campanhas anti-tabágicas, já não seremos obrigados a ver aqueles cartazes idiotas e violentíssimos. Olé!
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