15/09/10

Olarila, maravilha, por Cão

O rolo compressor da Corrupção, a tetraplegia da Justiça, a desumanização da Saúde, a idiotia obrigatória da (des)Educação, o letargo da Economia, a continental falcatrua da Moeda Única, a macrocefalia terraplanadora da Bola, as garraiadas maçónicopusdei da Banca, a sordidez vampiresca das Grandes Obras Públicas, o assoreamento maninho das Pescas, o despovoamento genocida da Agricultura, a criadagem da Comunicação Social, a roubalheira impune das Finanças, a mentira manhosa da Formação Profissional, o preço do Bacalhau, a maltosa das Farinhas, a inocência do Padre (perdão, do Carlos) Cruz, aquela Casa ser mais uma pia do que Pia, os dez milhões de poetas que infestam o Facebook à hora de expediente, o treinador do Sporting nem sobrancelhas ter quanto mais hipóteses, a canalha que carteliza as Gasolineiras, a impunidade do Tubarão e o vais-de-cana-ó-Carapau, a frivolidade da gentalha que alvarmente escouceia pela Pantalha Televisiva, os bem-dispostos-por-profissão da Rádio, o Fado Monárquico-Marialvo-Tauromáquico, a vacuidade da Moda, as abencerragens do Pimba e a ponte de Constança já nos não trazer às Portas do Sol – tudo isto e estes todos tornam o País mais pedinte e mais invernoso. Mas tirando estes e tirando isto, é um sítio maravilhoso.

2 comentários:

Anónimo disse...

Magnífico e realista retrato de Portugal. Dir-se-ia que esse Cão encarnou o espírito do Grande José Maria de Eça de Queiroz. Um texto de antologia.
JNAS

Anónimo disse...

glorioooooooooooooooooooosoooooooooooooooooooooooooooo! baibuscar!