À custa de tanto se falar na morte das ideologias, há quem viva já a era do desencanto. Normalmente estes descrentes têm-se em grande consideração e marginalizam-se como gesto de vaidade. Acham-se bons de mais para viverem comprometidos com as causas comuns. Exemplo disso é António Vitorino que hoje afirmou ao «Diário Económico» que não gostou de ser ministro ainda que tenha sido «uma experiência enriquecedora», justificando assim, sumariamente e de forma inapelável, a recusa em integrar o executivo de Sócrates. Do mesmo modo, e ainda que tardiamente, ficámos a saber a razão porque recusou a liderança do Partido Socialista. Lembremos que Sócrates é Primeiro Ministro porque Vitorino recusou sê-lo! Sócrates é uma segunda escolha! Sócrates deve a glória ao enfado de Vitorino. Ao achar desinteressante o serviço da República, o sr. Vitorino equipara o exercício de funções ministeriais a uma caldeirada mal temperada, como se a arte da política fosse coisa sobre a qual se pode dizer: «não gosto!» Como cidadão, venho dizer ao sr. Vitorino que em nada nos interessa ou beneficia o enriquecimento pessoal da sua elogiadíssima figura se daí se não retirarem vantagens para a causa comum, para o progresso material dos povos, para o conforto e felicidade da nação.
Mas as afirmações de Vitorino são graves num outro sentido, ao atestarem a impossibilidade absoluta de mobilizar a nação. Já não há causas comuns nem sentido de missão. António Vitorino é a prova disso mesmo, é o paradigma do político pós-moderno. Tal como D. Carlos achava que o país era uma piolheira, o sr. Vitorino acha o país desinteressante. Tido como inteligente e competente, o sr. Vitorino não se sente impelido a contribuir para o bem comum. Lá no fundo, entende que não há causa que lhe justifique o incómodo, o que é dizer, que o interesse privado se sobrepõe à causa pública. É, no limite, o fim da política como a entendemos. Vitorino é um técnico bem sucedido que só ingressará na política ou como Messias ou como Técnico. Em ambas as alternativas, como anti-político, na medida em que quer o providencialismo quer a via tecnocrática dispensam a intervenção cívica.
Eu não defendo o exercício do poder numa perspectiva missionária, escudada numa ética do sacrifício. Repugna-me aquela austeridade de monge com que Salazar governou o país, acho que o messianismo sebástico é uma das causas do atraso nacional, arrenego todas as vias tecnocratas e acho a política a mais nobre das artes porque coloca o ideal colectivo acima do interesse individual, acima da circunstância e da comodidade. Porque acho a Alma mais bonita do que o umbigo, eu não acho que o serviço do Bem Comum e a dedicação à causa colectiva sejam assim tão desinteressantes. E não entendo como podem não cativar um dos mais reputados e promissores políticos portugueses. É bom dizer ao sr. Vitorino que a sua presumida inteligência e elogiada competência nada valem se não se submeterem a um fim mais alto do que a mera satisfação de ambições privadas. Digam pois ao sr. Vitorino que não é a Nação que é pequena demais para ele. É ao contrário, por mais pequena que seja a Nação. É sempre ao contrário. O sr. Vitorino é pequeno e ponto final. Acabou-se!
Mas as afirmações de Vitorino são graves num outro sentido, ao atestarem a impossibilidade absoluta de mobilizar a nação. Já não há causas comuns nem sentido de missão. António Vitorino é a prova disso mesmo, é o paradigma do político pós-moderno. Tal como D. Carlos achava que o país era uma piolheira, o sr. Vitorino acha o país desinteressante. Tido como inteligente e competente, o sr. Vitorino não se sente impelido a contribuir para o bem comum. Lá no fundo, entende que não há causa que lhe justifique o incómodo, o que é dizer, que o interesse privado se sobrepõe à causa pública. É, no limite, o fim da política como a entendemos. Vitorino é um técnico bem sucedido que só ingressará na política ou como Messias ou como Técnico. Em ambas as alternativas, como anti-político, na medida em que quer o providencialismo quer a via tecnocrática dispensam a intervenção cívica.
Eu não defendo o exercício do poder numa perspectiva missionária, escudada numa ética do sacrifício. Repugna-me aquela austeridade de monge com que Salazar governou o país, acho que o messianismo sebástico é uma das causas do atraso nacional, arrenego todas as vias tecnocratas e acho a política a mais nobre das artes porque coloca o ideal colectivo acima do interesse individual, acima da circunstância e da comodidade. Porque acho a Alma mais bonita do que o umbigo, eu não acho que o serviço do Bem Comum e a dedicação à causa colectiva sejam assim tão desinteressantes. E não entendo como podem não cativar um dos mais reputados e promissores políticos portugueses. É bom dizer ao sr. Vitorino que a sua presumida inteligência e elogiada competência nada valem se não se submeterem a um fim mais alto do que a mera satisfação de ambições privadas. Digam pois ao sr. Vitorino que não é a Nação que é pequena demais para ele. É ao contrário, por mais pequena que seja a Nação. É sempre ao contrário. O sr. Vitorino é pequeno e ponto final. Acabou-se!
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