09/01/04

DEUS DESAVENHA QUEM NOS MANTENHA, por DR ABRANCHES E MENEZES


fls 46
Cascais, 20 de Dezembro de 2003

Exmo. Senhor
Dr. Juiz Presidente do Tribunal Judicial do Porto
Av. São João
4050-214 PORTO
(entrada na secção central em 30/12/03)

V/Refª. 244854 – Proc. 934/03.3TBPLS


Excelência.

Há momentos na vida em que gostaríamos de ser grandes, quer dizer, ser assim um pouco maiores para poder agarrar nos outros como quem pega numa criança e dar-lhes uma palmadinha no rabo, ou então dizer-lhes: o menino é malcriado, o menino não tem futuro! Pois é sr. Dr. Juiz era precisamente isso que eu gostaria de fazer ao sr. advogado que apresentou queixa nesse tribunal para que eu pagasse algo que nunca adquiri.
Nunca fui a Arouca nem tão pouco conheço a empresa que forneceu a ardósia ao Sr. António Marques Lusitano. Acredito plenamente que este sr. não pagou a ardósia mas o que não me entra na cabeça é que o sr. que andou a gastar o dinheiro dos pais para se formar em direito só se preocupe em encontrar um António Marques Lusitano e não saiba analisar uma factura (2) para ver que o comprador não reside na Rua do Sarmento em Cascais. Será que não lhe passou pela cabeça que podem existir duas ou mais pessoas com o mesmo nome?

Os meus pais não tiveram possibilidades financeiras para me dar um curso superior, mas ensinaram-me a ser honesto e cumpridor das minhas obrigações pelo que se deduz que se tivesse comprado a ardósia tinha-a pago e se não tivesse dinheiro não a comprava.

Junto fotocópia do meu cartão de contribuinte para provar que não corresponde com o que está nas facturas, que era por aí que o sr. Dr. de Coimbra devia ter começado, não acha Sr. Dr.?
Com os respeitosos cumprimentos



António Marques Lusitano

Anexo – Fotocópia cartão de contribuinte

Carta registada com aviso de recepção

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