14/11/04

O nacionalismo é a ideologia dos burros, por Nossa Senhora Macuda

O «Público» de ontem anunciava o novo hino do pêpêdêpêéssedê do Sant'Ana Nos Valha: Somos actores da História/ de coragem e glórias/ pátrio orgulho do passado/ abraçado pelo mar./ Para vencer os desafios/ desse povo soberano/ abre a porta do destino/ que o futuro quer entrar./ Queremos mais Portugal/ grande luso pequenino/ nova força para o mundo/ geração Portugal./ Grita Viva Portugal/ pede a alma, bate o peito/ nova força para o mundo/ meu orgulho Portugal./ Tempo novo de acreditar/ de ser mais feliz/ de ser PSD/ sempre mais e melhor./ Santana Lopes é a voz/ na vanguarda do futuro/ de norte a sul/ de todos nós./ Grita viva Portugal/ meu orgulho, meu país/ nova força para o mundo/ grita Portugal./ Grita viva Portugal/ meu orgulho, meu país/ nova força para o mundo/ viva Portugal. Conseguem imaginar pior? Está cá tudo: o historicismo nacionalista que acha que o nosso umbigo é o mais bonito de todos os umbigos, a virilidade marialva, o triunfalismo patético, as banalidades recorrentes, o prospectivismo messiânico que tenta disfarçar a medicridade indisfarçável, o ensimesmamento missionário de quem se julga concebido para grandes missões e o próprio nome do timoneiro citado em hino. Desde o Mao que não se via uma coisa assim. Será possível ir mais baixo? Somos mesmo obrigados a aturar esta malta?

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