30/04/12

PUB. - À Atenção do Senhor Peregrino: Cruzes Aerodinâmicas em Liga de Carbono Ultraleve!

 Está farto de levar às costas uma cruz pesada pra caralho? Os seus dias de sofrimento acabaram, diga não a essas velhas cruzes pesadíssimas de madeira antiquada! Chega! Ligue já o 09678593 e encomende uma cruz ultraleve em fibra de carbono por apenas 123,99 euros!

Testada na Nasa com os materiais mais modernos da tecnologia americana! E se encomendar já a sua cruz ultraleve com apenas 35 gramas, terá como brinde oferta exclusivo um magnífico kit peregrino: uns  patins, uma garrafa de água carvalhelhos e uma ventoinha. Tudo isto sem pagar um cêntimo mais. Não perca esta oportunidade. Ligue já! E mais, se ligar nos próximos 10 minutos candidata-se a um magnífico sorteio de umas joelheiras eletrónicas e a um tapete rolante portátil para por à volta da capelinha das Aparições, sem necessidade de esfolar os joelhos e ainda um magnífico megafone com GPS que deteta onde está a Virgem e direciona as suas súplicas!

Pensa que é tudo? Não, não é, por apenas mais 4,9 euros (+ portes) oferecemos-lhe uma fantástica  azinheira de plástico portátil  para que, todos os anos pelo 13 de maio, possa encenar a cerimónia no seu quintal. A azinheira é completamente desmontável e vem acompanhada por um conjunto de 3 pastorinhos adaptáveis a reis magos e 2 belas ovelhinhas insufláveis.

O Chico Esperto Vai a Fátima a Pé, por Asceta

A Busca de Identidade (2009) do filósofo português José Gil é um dos melhores diagnósticos do Portugal socretino que conheço. Neste livro Gil leva a cabo a caracterização do chico-espertismo um dos traços marcantes da nossa personalidade base. O «chico esperto» não é um crimininoso - é uma qualidade larvar que tem a sua genealogia nos bancos da escola primária na figura quiducha do «malandreco». O malandreco é o chico esperto na escola primária, um já-sacana tolerado e até apreciado e incentivado pelos adultos que lhe acham um piadão. «Malandreco» tem um até um sentido de elogio, tanto quanto de censura, porque é um híbrido entre a esperteza desenrascada e o quase crime. Não é bem um malandreo nem, tão pouco, um criminoso. É um malandreco e este «dreco» faz toda a diferença. Quando adulto o «malandreco» torna-se no «chico-esperto».

Diz José Gil que o chico-esperto não é um ladrão nem um assassino nem um criminoso, mas antes aquele patifezeco que vive e se safa nas franjas da lei - é o tipo que dá o golpe na fila de trânsito para ganhar dois lugares, o fura vidas que lá vai passando sem estudar é toda a mentalidade que cria e apadrinha as Novas Oportunidades, a solução socretina para resolver o problema do atraso educativo português e o nosso consequente mau posicionamento nas estatísticas da OCDE.

O chico esperto está em todo o lado mas ontem estávamos, a malta do costume, a beber o tradicional café, quando passa na estrada nacional um exemplar religioso do chico esperto. Talvez mesmo o próprio Chico em carne e osso. Era um peregrino que cumpria a penitência da caminhada até Fátima. Este levava uma cruz às costas,só que a cruz, imagine-se era minúscula e feita de uma madeira que mais parecia cartão. Assim até eu... O nosso L... berrou-lhe do café para surpresa dos presente:
- É batota, isso é uma cruzita de merda!
E imaginámo-lo, ao peregrino, no dia do Juízo a ajustar contas com o S. Pedro:
- Sim, eu disse que ia a Fátima a pé com uma cruz às costas e e fui curado da enfermidade. Mas nunca disse nem escrevi nem o tamanho nem o peso da cruz.
E o S. Pedro vai embatucar. Com o chico esperto português nem os santos levam a melhor.

27/04/12


iraizoziraolamarinezamorebieta
aurtenetxeminainekizaiturraspe
anderherrerainigosuasaetellorenteibaitoquero

26/04/12

Circo, por Companhia

O Zebordem levou 3-1 em S. Mamès foi eliminado no minuto 88 pelo Athleti e os adeptos estão contentes e dispostos a festejar. Repito: o zebordem levou 3-1. Foi eliminado pelo Atlheti. Ao minuto 88. Eu não sou do zebordem mas também estou contente. Se pudesse ia a alvalade e juntava-me à festa leonina.

25/04/12

Múmias de Abril, por FP25

Manel alegre e mário soares decidiram não comparecer na «casa da democracia», a assembleia da república, nas comemorações oficiais do 25 de Abril, como forma de protesto contra os ataques deste governo às conquistas de Abril.

Mas só agora é que as conquistas de abril são postas em causa? Durante seis anos de socretinismo que foram o maior ataque de sempre feito por um governo ao estado social, à educação e à saúde, durante seis anos de total promiscuidade entre governo e lobies económicos, de absoluto deboche da nomenclatura clientelista, de ataques violentos à liberdade de imprensa e à justiça, estes dois solenes veteranos não só andaram calados, como, até, vergonhosamente, branquearam e justificaram o regime que, esse sim, levou o país ao actual estado de ruína.
Só agora têm lata para atitudes pseudo dignas de «defesa de abril»!!! Mais vale tarde que nunca... Até podem ter razão, creio que sim. Só que não percebem que perderam o ethos para a terem quando se comportaram vergonhosamente durante o período socretinista. Mesmo tendo razão, o que se lê quando eles dizem que o actual governo está a pôr em causa as «conquistas de abril», é: e onde é que vocês andavam quando o governo xuxa do ingenheiro andou a atolar o país na lama? Calados? Pior que isso: a defendê-lo com unhas e dentes. Por mim dispenso estes moralistas de conveniência armados em grandes figuras.

Futebol VS Andebol, por Gabi Alves

O Chelsea elininou o Barcelona! Chega à final da Chamipons praticando uma espécie de jogo que se parece vagamente com o futebol. De facto o jogo do Chelsea em Camp Nou é uma espécie de «andebolização» do futebol: em termos tácticos e estratégicos é-o inteiramente.

Esta forma de jogar consiste em abdicar de atacar e em colocar os 11 jogadores (depois da expulsão de Terry foram os 10) a defender na área como no andebol. Decreta-se a inexistência do meio campo e chega-se à baliza adversária em contra-ataques excepcionais. Esta descida do futebol ao seu grau zero é a expressão mais radical do estilo de jogo à italiana que vem dos anos sessenta. Já tínhamos visto uma versão da «coisa» quando o inter-de-mourinho também chegou assim à final europeia da há dois anos. Agora esta forma de jogar futebol como se fosse andebol chegou aos seu ponto mais extremo.

Devia ser lindo uma final entre este chelsea-do-di matteo e o inter-do-mourinho, dois expoentes desta forma de (não) jogar futebol... 90 minutos com duas equipas a trocarem a bola nas áreas respectivas, mais meia hora de prolongamento e penalties sem ninguém arriscar. Podia-se abdicar do meio campo (uma imensa poupança de espaço), passar de onze para sete jogadores e ir directamente para os penalties sem ser necessário aturarmos cento e tal minutos deste tédio. Seria um alívio para quem gosta de futebol... Uma final entre duas equipas como a do Chelsea de ontem seria um pesadelo se a quiséssemos ver (na hipótese de sermos masoquistas). Felizmente existem equipas que, mesmo perdendo, assumem o jogo de futebol e jogam para ganhar... É por isso que, mesmo tendo perdido, o modo de actuar do Barça é uma vitória para o futebol!

Pode objectar-se que o Chelsea joga com as armas que tem e faz uso do anti jogo que lhe é permitido pelas regras do jogo. Certo. Esta forma de jogar é permitida. É verdade, mas não devia sê-lo. Deviam existir penalizações para a prática do anti-jogo como acontece noutras modalidades. Mas, pura e simplesmente, no caso do futebol ou não existem ou são incipientes.

Os mais culpados  desta andebolização futebolística nem sequer são os treinadores ultra-defensivos que jogam para o resultado. É a própria Fifa que não protege o jogo. No basquete ou no hóquei por exemplo, há regras que punem o anti-jogo e só no futebol ele é, não só tolerado, mas até recompensado. E enquanto a Fifa não o perceber vamos continuar a ver equipas de andebol a chegar às finais da champions deixando para trás equipas que se preocupam com o espectáculo, como este Barça de Messi e Guardiola. É pena.
Ah é verdade esta forma de jogar ainda lembra vagamente o futebol: pelo menos por enquanto ainda é, maioritariamente, jogado com os pés.

18/04/12

Leituras 2011 - Agosto, por Adérito

Gilles Néret – Balthus, Taschen. Não era por aqui que Balthus se tornaria um dos meus preferidos. Valem-nos os bonecos…

Keith Richards (James Fox)– Life, Phoenix, 2010. Uma grande biografia. Pena foi ter que o ler em inglês, já que na altura ainda não havia (agora há) tradução portuguesa que vou ler. Saiu aqui post…

W. Somerseth-Maugham – O Véu Pintado, Asa. O meu primeiro contacto com Maugham. Li-o distraidamente e cheguei ao fim no mesmo registo. E contudo alguma coisa ficou pois foi daqui que parti para conhecer as obras maiores deste autor.

Manuel Vasquez Montalban – Os Mares do Sul, Visão. Uma decepção. Montalbán é um dos melhores escritores espanhóis, mas não me agrada esta sua incursão pelo género policial. Diálogo a mais, gastronomia a mais e densidade de pensamento a menos. Prefiro todos os outros que dele li.

Piero Gleijeses/Jorge Risquet/Fernando Remirez – Cuba y África, História Comum de Lucha e Sangre, Ciencias Sociales, Havana, 2007. Uma peça de esquizofrenia política, mas simultaneamente um documento. Já aqui saiu post…

Rachel Kutschner – Telex Desde Cuba, 2010. Em boa hora me foi oferecido por um amigo. Li-o estendido nos areais brancos de Varadero, entre mojitos com muito rum. É o primeiro livro de uma nova escritora.

17/04/12

... And Now, for something completely diferent: É Bairrada!

Chamam-se The Macaques (pronuncia-se de macáques). Assumem que não são poetas e portanto não querem entrar em complexidades na utilização da língua. Daí a simplificação minimalista das letras, verdadeiros hinos de concisão, como os hits «zé mourinho» ou «ana bacalhau». Mas acima de tudo gramei imenso esta obra prima da moderna música portuguesa: É Bairrada! Os homens são uns misteres ( e reparem só na qualidade do vídeo)!

14/04/12

Ficção e Realidade, por Surfista Prateado

Percebe-se como é que o cinema é a indústria,, por excelência, da criação de mitos. Vi o filme Bruna Surfistinha, o Doce Veneno do Escorpião, apenas mais um filme pop que não resiste a uma análise mais objectiva.
No entanto, como muitos outros filmes iguais a este, vê-se com agrado. Por um lado pelo facto de ser baseado na vida real de uma pessoa já há muito conhecida e, em particular, do mundo da blogosfera. A realidade é uma óptima forma de tornar mais interessante a ficção.

Por outro lado o filme capta o interesse por causa do elenco e de Deborah Seco em particular. Deborah faz de Bruna Surfistinha muito melhor que a própria. É assim mesmo. E num filme cujo tema e sexo passado, na sua maioria, em bordeis e afins, a escola de Deborah Seco está longe de ser inocente. Depois de ver o filme, vai-se à net, procura-se a verdadeira Bruna e descobre-se que fica muito aquém da actriz do filme. Não é só no físico - é em tudo, como se pode ver nas entrevistas que logo aparecem - com o Jô, com a Gabi... - ou nos blogs deprimentes da criatura passados a relatar os jantares, as festas e a qualidade do sushi.
Com a verdadeira Bruna, este filme jamais seria o sucesso que foi. Compara-se a realidade com a ficção e percebe-se: cinema é uma máquina de criar mitos!

12/04/12

E se o Partido Infantil concorresse às eleições? por Nelito


O post que se segue foi escrito aqui no tapor em 9-1-2005. Reli-o e ainda me pareceu muito actual:

Parece-me lógico, parece-me bem, parece-me claro para toda a gente que quem está a gastar demais tem que passar a gastar menos. Qualquer criança percebe isto. Portugal pode reduzir os gastos e aumentar as receitas? Como? Proponho três medidas «infantis» – e chamo-lhes assim porque saltam à vista até de uma criança.

Uma: a máquina do estado português é muito gorda. Temos funcionários públicos a mais – parece que são cerca de 300 mil, segundo os estudos -, temos organismos e serviços que não servem para nada. Primeira medida – corte-se no que está a mais. Emagreça-se a máquina estatal. A questão que subsiste para o partido que queira começar por aqui é – e o que se vai fazer aos que estão a mais? Mandam-se para o desemprego? Pois… Assim não se ganham eleições.

Duas: o «Semanário Económico» divulgou em Setembro de 2004 os dados relativos aos pagamento do IRS pelos profissionais liberais com base nos números da Direcção Geral de Informática Trbutária e Aduaneira. Os dentistas declararam um rendimento anual bruto de 17.867 euros; os advogados, 10.864; os veterinários, 10. 255; arquitectos, 9.277; engenheiros, 8581, etc. Segundo o presidente da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, os profissionais liberais deveriam contribuir com 15% das receitas totais do IRS. Contribuem com 6%! Em média cada profissional liberal paga menos de metade do IRS que deveria pagar. E se muitos não fogem ao fisco, isso significa que os que fogem deveriam pagar ainda mais… E nem vale a pena falar de certas empresas deste país, que, coitadinhas, acabam sempre com prejuízo e com alguns dos proprietários, às vezes grandes figuras do nosso triste jet set, a declararem rendimentos mensais de 40 contos mês e a deslocarem-se de Ferraris!
Segunda medida: meta-se esta gente que foge ao fisco a pagar os impostos devidos. Pois, mas então assim é que não se ganham mesmo as eleições…

Três: a qualidade dos nossos políticos é deprimente. Muitos dos políticos portugueses são ignorantes, incompetentes, sem sentido de serviço público, carreristas… Abundam os jotas e ex-jotas que nunca fizeram nada de relevante nem no plano académico nem no plano profissional. A nossa classe política está cheia de «profissionais» que nunca fizeram mais nada na vida a não ser frequentar os aparelhos, urdir as golpadas e contra-golpadas, a preparar carreiras e a desenrascarem-se na vidinha.
Terceira medida: melhoremos a qualidade dos nossos políticos, criem-se condições que atraiam para a política pessoas que se notabilizam nas suas esferas de competência e não uma colecção de carreristas profissionais. Como? Simples: reduzam a assembleia da república, não precisamos de tantos deputados - porque são maus ou nulos e porque a sua escolha não tem nada a ver com os círculos eleitorais por onde concorrem. Reduzam o seu número, acabem com as benesses e reformas escandalosas. Com o dinheiro que poupar, então sim, aumentem-se os salários mas de menos e melhores políticos. Não resolvia tudo, mas era um começo. Mas é claro, qual é o político que propõe medidas contra os aparelhos? Ná, assim é que não se ganhavam mesmo as eleições.

Conclusão: as medidas são óbvias, mas não se podem aplicar. Talvez só nos reste mesmo mentalizarmo-nos de que estamos a criar um país de sol e praia onde o nosso lugar será, mais dia menos dia, o de garçons atenciosos a servirem camones. É uma opção tão digna como outra qualquer. E os gajos até dão boas gorjas.

08/04/12

A Minha Lista 2011 - Julho, por Adérito

Eça de Queirós – A Capital, Europa América. Em Julho continuou a minha descoberta de Eças que não tinha lido. Confirma-se - Eça = obra prima absoluta!

Jools Holland e Dora Loewenstein, Rolling Stones, A Life on the Road, Virgin. Só para fanáticos (como eu)..

Frank Niess, Che Guevara, 2003, Expresso. Esta colecção de biografias do Expresso é um achado. Quer dizer, algumas das biografias são fraquinhas mas não é o caso deste excelente livro de Frank Niess, bem escrito e que se lê de um fôlego.

Eça de Queirós, Os Maias, Livros do Brasil. Tanta coisa que há a dizer sobre Os Maias... Tinha lido este livro, como todos os portugueses, por imposição escolar, quando andava no liceu. E é claro que nem dei por ele. Reli-o agora e, sim, pude verificar que é uma obra prima absoluta! Mas os putos entendem-no? E, mais grave ainda, podem gostar deste livro? Uma questão para retomar um dia destes…

Rose – Marie e Rainer Hagen- Goya, Taschen. Continua a saga das Histórias da Arte…

04/04/12

Ser Benfiquista, por Cavungi

Vivemos num país que eu já não consigo qualificar. Temos uma percentagem brutal de políticos que ocupam cargos nos governos (neste e nos outros), deputados e afins que são maçons e não há problema nenhum. Pior: a promiscuidade entre associações secretas, grandes negócios e jogadas políticas é total, como se sabe. Aí sim, devia existir legislação impeditiva e ninguém se preocupa. Entretanto os senhores maçons que toda a gente sabe que o são assobiam para o lado, recusam assumir-se, divertem-se com trocadilhos bacocos como aquele de serem «discretos» e não «secretos», etc, etc. Ou seja, não se assumem mas inquinam o país com a promiscuidade inadmissível entre as suas funções públicas e as suas filiações privadas.

Mas, pelo contrário, assumir publicamente que se é do Benfica parece que se tornou crime. Que o diga o jornalista João Gobern que acaba de ser demitido da RTP, pasme-se, porque ergueu um braço espontâneo de festejo (vide pic) quando o Benfica marcou um golo! Um gesto espontâneo de um benfiquista assumido, num programa sobre futebol, com um defensor acérrimo do porto do outro lado da mesa, vale o despedimento! Vejo todos os dias comentadores desonestos e hipócritas que não preocupam a RTP - Gobern levanta um braço em sinal de contentamento pelo golo do seu clube e ala que se faz tarde. Mas quando é que este governo faz o que prometeu e privatiza de vez este ninho de incompetência que é a RTP?
É que isto ultrapassa o futebol, isto é um espelho da sociedade portuguesa. Diria o mesmo se o Gobern fosse de outro clube qualquer. Depois do triste episódio da professora primária que re-escreveu a música do pau ao gato com um final benfiquista, acontece isto. É a parte II da mesma mentalidade pacóvia...

P.S. Ontem enquanto zapava pelas inanidades da nossa TV apanhei um comentário num programa de debate bolístico em que o comentador Júlio Machado Vaz se referiu a este caso mostrando-se solidário com João Gobern. Miguel-esquece-me-o-nome (vocalista dos blind zero) acrescentou num tom que me pareceu concordante «sobre isso queria dizer que...», quando foi subitamente censurado pelo moderador/censor de serviço que o interrompeu liminarmente, declarou que já tinha sido tudo dito sobre o caso e colocou uma reportagem no ar. No regresso aos comentários o miguel não sei quê não teve coragem para dizer o que queria ter dito e assim seguiu o programinha sem que os participantes fizessem ondas como tinha exigido o censor. Fizeram bem? Ao fim e ao cabo nunca se sabe quando é que nos toca a nós...

A Minha Lista 2011 - Maio e Junho, por Adérito

Maio

Filipe Ribeiro Menezes – Salazar, Uma Biografia Política, Bertrand. Saiu post.

Jacques Derrida – Da Hospitalidade, Palimage. Um matulão da filosofia debruça-se sobre a amizade.

André Comte-Sponville- Pequeno Tratado das Grandes Virtudes, Bertrand. Lê-se por ordem alfabética, como um diccionário. Abordagens muito interessantes, por exemplo sobre a Tolerância…

Guilhermo Cabrera Infante – Havana Para um Infante Defunto, Ed. 70. Estava de partida para Cuba e Cabrera Infante tinha que ser lido. Mas há deveres que se cumprem com prazer, como foi o caso…

Junho

A História do Belo, coordenação de Umberto Eco. Releitura...

Juillard – Blake e Mortimer a maldição dos trinta denários, vol 1 e 2. Saiu post...

Jacques Raffy – Fidel Castro, verbo. Embora com algumas redundâncias e omissões este livro do jornalista francês é um documento relevante para traçar a história recente da ditadura cubana.

Reinaldo Arenas – Antes que Anoiteça, asa. Um testemunho impressionante sobre o inferno em que se tornou a ilha de Fidel. Foi particularmente decepcionante verificar, com a leitura deste livro, o papel degradante a que se prestou o grande Gabriel Garcia Marquez eterno branqueador do carniceiro castro. Saiu post…

Henri Bergson – O Riso, relógio de água. Um grande livro sobre um tema só aparentemente menor! Bergson lança-se sobre os meandros do humor que é o mesmo que dizer da inteligência.

Roger Escarpit – L´Humour, que sais-je. Depois da leitura de Bergson descobri-o na estante cá de casa e como o tema estava fresco…