
Esta senhora tem aspecto de reformada? Não tem, pois não... Mas é. Esta é uma foto da presidente da câmara de palmela, moçoila com 47 primaveras, que acaba de se reformar com cerca de 1800 mocas por mês. Embrulha! Entretanto, nós, os nabos, continuamos a trabalhar cada vez mais e a receber cada vez menos em nome dos sacrifícios e da austeridade que politiquelhos como esta madame nos pedem. Grande exemplo! A culpa nem é da senhora que apenas aproveita a lei feita pelos seus colegas políticos. Ela limita-se a ser medíocre, prontos... O problema é mesmo que ainda existam leis destas e que isto seja possível, um político reformar-se aos 47 anos quando toda a restante população tem que vergar a mola até depois dos 60.
Já me pareceu culpa da própria vir auto-justificar-se que acha bem a lei porque enfim, «os políticos e os autarcas são pessoas especiais que exercem funções especiais». E não quer sua excelência definir o que entende por «funções especiais»? E porque não se reconhece que ser mineiro, carpinteiro, médico, cientista, coveiro, professor ou empreiteiro também são, cada um à sua maneira, «especiais»? Pois, não sei. Só sei que a especialidade de políticos que temos neste país da tanga só lá ia à bazuca.

Esta outra senhora é deputada pelo PS foi apanhada a conduzir com uma taxa de alcoolémia de 2.41 Uma taxa acima dos 2 pontos não é uma coisa venial do descuido de um copito a mais na asa... Há uns tempos eu e um amigo bebemos uma litrosa de tinto só os dois. Apanhámos uma brigada de transito e ele acusou menos de 1 ponto.
Imaginem agora o que é preciso beber para se acusar 2.41... E dão a um caso destes imunidade parlamentar? Eu pensava que a imunidade parlamentar era só para casos em que o deputado eventualmente violasse a lei mas em casos relacionados com a sua actividade, por exemplo no exercício de um excesso de liberdade de expressão. Mas que eu saiba beber uns valentes copos e a seguir meter-se a conduzir não é uma especificidade parlamentar. E daí, talvez seja. Deve ser isto que a outra senhora quer dizer com «funções especiais» dos nossos políticos.