10/08/09

O Outro Mick, por Dandelion


Eu continuarei a ir ver os Rolling Stones às Ruínas de Alvalade mesmo quando eles tiverem 80 anos (e já nem falta assim tanto). Mas sei que corro atrás do mito. O que eu gostava mesmo era de me meter numa máquina do tempo e vê-los nas digressões dos anos 70 com o Mick Taylor.

Taylor entrou para os Stones em 1969 e saiu em 1974. Foi um músico genial, o mais brilhante que já passou nos Stones! Foi anunciado como substituto de Brian Jones, encontrado morto na sua piscina particular. Tratou-se de uma indicação directa do guitarrista de blues John Mayall que havia tocado com ele. Taylor era, à data, um menino prodígio, um super talento precoce, e confirmou esses atributos com os Rolling.

Não era um performer nem um músico de Rock n Roll como Keith Richards e Ron Wood. Era muito mais que isso: desenhava arabescos na guitarra, interagia com a loucura de Jagger, tinha improvisos que mais parecem de free jazz... Há quem diga que ele saiu dos Stones porque o heroína-man do Keith tinha ciúmes do seu brilhantismo. De facto nas performances que podemos ver no precioso you tube, como nos discos em que o Mick Taylor entra, Richards passa, claramente, a segundo guitarrista. Keith passa a gerir o som duro, os riffs da banda, mas o papel de solista e de guitarrista principal é ocupado por Taylor.. . Richards era, desde a saída de Brian Jones, o front man do grupo, juntamente com Mick Jagger. Mas, de repente, aparece este puto talentoso e ultrapassa-o pela porta grande. Os vídeos do you tube são engraçados porque os solos são do Taylor mas os gajos estão a filmar o Keith... Ou seja, as imagens não espelham a realidade da música. Compreende-se que Keith não tenha gostado de ver o seu trono ocupado. Segundo os próximos terá começado a fazer cenas e a sabotar o trabalho de Taylor. Fala-se em explosões de Keith, por exemplo nas sessões de gravação de Goat`s Head Soup nas quais terá berrado em plena gravação «Fuck you! You play too much loud».

Mick taylor apresentou dois motivos para sair dos Stones:
Primeiro - o facto de não lhe ser reconhecida a co-autoria de duas músicas de Its Only r n r (The time waits for no one e till the next goodbye).
Segundo: achar que a banda se tinha desleixado (atrasos às sessões de gravação, problemas com drogas, Jagger no jet set, putas, etc).

Mas, tal como ele explicou, depois, diplomaticamente, no fundo nunca se sentiu um Stone e nunca pensou que acabaria a vida nos Stones. Aquilo não era um casamento e mesmo estes não duram sempre…Pode ser. Mas lá que os gajos nunca mais foram o mesmo, isso é verdade. E sendo geniais, foram-no um pouco (um muito) menos sem o outro Mick.

Deixo só uma nota final para que se apercebam da importância dele nos Stones: o gajo esteve com a banda de 69 a 74. Foram os melhores anos dos Stones, ao vivo e em estúdio. Vejam só a sequência de álbuns que ele grava com os Rolling: 69 - Let it Bleed - OBRA PRIMA; Sticky Fingers (70) - OBRA PRIMA; Exile on Main Street (71 ou 72)- OBRA PRIMA. São só os três primeiros álbuns de Mick Taylor nos Rolling Stones! Se lhes acrescentarmos Beggars Banquet (68), imediatamente anterior a Let it Bleed, temos aqui o melhor período e os melhores discos da história dos Stones, que digo eu, da história do rock!

Street Fighting Man,1973, Frankfurth, gandas Micks:

11 comentários:

Anónimo disse...

The Holy Church Of The Big Lips With The Tong Out. salvé.


colin the third

Cão disse...

Ganda Baice.

Cão disse...

isté qué saber, fosga-se.

Anónimo disse...

sabes como é, dog... Um gajo contacta com gajos que até considera, enfim, com alguma cultura e tal, mas depois apreende a verdadeira dimensão da ignorância dos cabrões. Um dia destes estava a tomar o café com o Mangas e o Nimoy e a conversa, nãosei por quê, caiu para os stones. E não é que nem um nem outro sabiam quem era o mick taylor? o nimoy, um dos ouvidos mais empedernidos deste lado do hemisfério norte, um verdadeiro zero musical, um gajo compreende. ao fim e ao cabo o gajo ainda há uns anitos não muito distantes gostava do dennis roussos. Mas o mangas, fónix? O mangas é um gajo que lê sam sheppard que venera o richards, é um caramelo que viu o concerto dos pedras rolantes em coimbra mesmo ao meu lado... Do mangas eu não esperava uma tal confissão de ignorâncai, confesso. E é por essa e por outras que eu me sinto na obrigação de vir aqui e divulgar a palavra dos Senhores. Ámen!
Dandelion

Cãozarrão disse...

Esse Mangas nunca menganou. O Nimoy também não. Até conheci há pouco um primo do Nimoy: é um esquentador chamado Vulcano. Agora o Mangas não saber o Taylor é como tu, Baice, chamares Dennis ao meu DEMIS Roussos.

Anónimo disse...

lol
brutos, ignorantes. não atinam ca música

viva o russos (e os franceses)

Mangas disse...

Admito k não sabia da história mas a resposta k eu dei foi: Mick Taylor? era o sexto Stone. E tenho testemunha, o Colin, se não estava completamente pendurado no Cohiba, ouviu. É muito antibiótico depois dá nisto... fonix!

Cão disse...

o baice apanhou-te, mangas. vou começar a desconfiar da tua cinefilia.
às tantas. andas práí com muito marlon branco e bogart e tal e nem sabes quem foi o vasco santana.

Anónimo disse...

cohiba, os tubaros, montecristo nº 2, haja rigor carago.

Acólito Da Seita Cubana

Anónimo disse...

mick, mick, fazia o road runner... baice, diz lá, definitivamente, qual é a tua canção favorita dos Stones? Disseste, está dito, regista-se no notário. A minha é o Satisfaction. Mas cantado pelos Devo (grunfo, amigo, protege-me, dou-te uma caixa de cohibas)

mickrofone

Anónimo disse...

Cão: dennis ou demis, pá merda que é, tanto faz...

mangas: não te enterres mais. O mick taylor nunca foi o sexto stone. O sexto stone foi, desde o início o ian stewart pianista gorducho que esteve com os stones até à sua morte. Nunca foi admitido formalmente como membro da banda, uma vez que o seu visual e postura soft prejudicava a imagem da banda. Foi stewart e jamais taylor, o sexto stone. Taylor foi o guitarrista que substitui brian jone e que haveria de ser substituído por ron wood. de cada vez que falas só me convences mais, até porque és rapazito com potencial, de que tenho que continuar aqui a divulgar a Palavra. Mas são gajos como tu que me fazem aqui a andar. Manda sempre, mene.

Mikrofone: isso também eu me pergunto, qual a minha música preferida dos stones. É impossível dizê-lo, tem dias, há alturas que prefiro uma, outras, outra... Já pensei em fazer aqui uma série de posts a destacar as 100 melhores da banda e sou gajo pra avançar. de qualquer modo entre as 20 melhores estriam de certeza: Jumpin jack flash, simpathy for the devil, brown sugar, start me up, satisfaction, rocks off, tumbling dice, you cant always get, under my thumb, honky tonk womwn, get off of my cloud, as tears goes by, wild horses, star star, can´t you hear me knoking, farway eyes, if you can´t rock me, its only r n r, gimme shelter, midnight rambler, love in vain, happy (versão love you live), let it loose, shine a light, dead flowers, street fighting man, stray cat blues, ruby tuesday, its all over now, no expectations, like a rolling stone, saint of me, time waits for no one, hot stuff, memory hotel, haw can i stop, out of time, live with me, salt of the earth, etc,etc. Olha pergunta-me amanhã e já te digo outra lista. Reparo agora que esta tem poucas músicas da primeira fase e nenhuma de beetween the buttons que é um grande álbum e como pude esquecer Aftermath só com duas faixas. fónix, não sei, pá...
Dandelion