31/08/09

Carolina Patrocínio Precisa Que Lhe Tirem O Caroço!, por DervicheRodopiante



A menina aqui do lado chama-se Carolina Patrocínio e é a mandatária do Partido Socialista para a Juventude, seja lá o que isso for. Mas seja o que seja, a menina não é má. Parece-se até e muito com uma cereja. Com caroço.

Vem isto a propósito de um vídeo de (vide google ou you tube) de promoção da menina politica em que esta confessa candidamente que não consegue comer cerejas sem que a empregada em primeiro lhe tire os caroços. Tem horror à fruta com caroço e só gosta de uvas sem grainhas. Para as melancias tem duas empregadas. Até porque prefere fazer batota a perder. E na rentrée do PS na Praia de Santa Cruz até leu um papelinho onde alguém lhe escreveu coisas como “retoma” e “fim da recessão técnica”. Eis a nova e boa geração Xuxa.

Pois a menina do socialite, apresentadora inane de tv e que desfila em fio dental pelas passerelles, também é politica e como tal gosta de dar emprego ao povo, nem que seja a tirar-lhe os caroços. E eu penso que o povo até gostaria de lhe tirar o caroço. Porque o povo é malandreco.

Ora esta ideia da nossa menina é genial por três ordens de razões. Em primeiro por causa da Fruta. Portugal tem fruta como catano e toda a fruta tem caroço. Em segundo lugar por causa do “Fim da Recessão Técnica”. Portugal tem desempregados a dar com um pau e precisa de lhes dar emprego. Atenção que não é dar trabalho, trabalho há muito por aí. Falamos de um emprego. E uma coisa levezinha como tirar caroços à fruta, que é coisa que se faz bem e ainda melhor se for feita com vínculo à função pública e demais mordomias de lugar de estado e estalo. Dirão vocês que isto é insano e não há dinheiro. Ora aí é que vocês estão enganados e erram em grande. E entra aqui a terceira ordem de razões. A “Retoma”. É que Portugal está podre de dinheiro a ponto de não saber o que lhe fazer razão pela qual desatou a a fazer TêGêVês e aeroportos e terceiras autoestradas Lisboa-Porto etc coiso e tal. E existe alguma forma mais rápida de injectar dinheiro na economia e no povo do que contratar descaroçadores de fruta? E ó se a malta gosta do caroço. E o povo tem direito ao caroço!

A menina Carolina ao poder! Vamos-lhe tirar o caroço!

14/08/09

Dos Contos do Deserto - IV, para o Cão, por Mangas

Vou pela auto-estrada 75 para Oeste. Ultrapasso um Chevrolet prateado, modelo de 80. Ponho-me a pensar no que andei por aí a fazer nos anos oitenta. Pelo retrovisor vejo o grelha do Chevy com alguma ferrugem dos lados. Também não tem matrícula. Vi carros em Chicago com matrículas personalizadas com a palavra Godfather. Há uma grande fila à minha frente. Sirenes da polícia na beira da estrada. Pelo retrovisor, chegam-me dois homens com fardas azuis e estrelas no peito que brilham com o sol. Dão indicações aos condutores para prosseguirem. Com cuidado. Calculo que deve haver uma razão qualquer para o fazerem. Vejo muita coisa por este retrovisor. Enfio uma cassete no auto-rádio. Engole-a sem protestar. Onde é que eu estava nos oitenta? Havia músicas dos Táxi nos corre­dores do Liceu, um polícia a dançar na rua enquanto dirigia o trânsito num anúncio da Lois, bailes de sábado à noite até às tantas, cartas que o meu pai me escrevia de Jerusalém e do deserto do Negueve. Esta cassete tem músicas de Ban e Sétima Legião. Tem sons de acordeão e uma canção com palavras de saudade. As músicas desta cassete não passam na MTV e eu pouco me importo. Dou comigo a pensar na razão por que me esqueço dos nomes de alguns actores, de alguns filmes que me deram algum gozo. (Tenho de virar à esquerda, na direcção daquela placa INDIANA LEFT). Antes de prosseguir, ajeito pela última vez o retrovisor para ter o maior ângulo de visão possível. Chego à conclusão de que talvez me esqueça do que tem pouco interesse lembrar-me, porque ainda sei quem foram o Marlon Brando, o António Silva e o Vasco Santana.
Grand Rapids, Michigan, Setembro/93

in, O Vale dos Deuses

10/08/09

O Outro Mick, por Dandelion


Eu continuarei a ir ver os Rolling Stones às Ruínas de Alvalade mesmo quando eles tiverem 80 anos (e já nem falta assim tanto). Mas sei que corro atrás do mito. O que eu gostava mesmo era de me meter numa máquina do tempo e vê-los nas digressões dos anos 70 com o Mick Taylor.

Taylor entrou para os Stones em 1969 e saiu em 1974. Foi um músico genial, o mais brilhante que já passou nos Stones! Foi anunciado como substituto de Brian Jones, encontrado morto na sua piscina particular. Tratou-se de uma indicação directa do guitarrista de blues John Mayall que havia tocado com ele. Taylor era, à data, um menino prodígio, um super talento precoce, e confirmou esses atributos com os Rolling.

Não era um performer nem um músico de Rock n Roll como Keith Richards e Ron Wood. Era muito mais que isso: desenhava arabescos na guitarra, interagia com a loucura de Jagger, tinha improvisos que mais parecem de free jazz... Há quem diga que ele saiu dos Stones porque o heroína-man do Keith tinha ciúmes do seu brilhantismo. De facto nas performances que podemos ver no precioso you tube, como nos discos em que o Mick Taylor entra, Richards passa, claramente, a segundo guitarrista. Keith passa a gerir o som duro, os riffs da banda, mas o papel de solista e de guitarrista principal é ocupado por Taylor.. . Richards era, desde a saída de Brian Jones, o front man do grupo, juntamente com Mick Jagger. Mas, de repente, aparece este puto talentoso e ultrapassa-o pela porta grande. Os vídeos do you tube são engraçados porque os solos são do Taylor mas os gajos estão a filmar o Keith... Ou seja, as imagens não espelham a realidade da música. Compreende-se que Keith não tenha gostado de ver o seu trono ocupado. Segundo os próximos terá começado a fazer cenas e a sabotar o trabalho de Taylor. Fala-se em explosões de Keith, por exemplo nas sessões de gravação de Goat`s Head Soup nas quais terá berrado em plena gravação «Fuck you! You play too much loud».

Mick taylor apresentou dois motivos para sair dos Stones:
Primeiro - o facto de não lhe ser reconhecida a co-autoria de duas músicas de Its Only r n r (The time waits for no one e till the next goodbye).
Segundo: achar que a banda se tinha desleixado (atrasos às sessões de gravação, problemas com drogas, Jagger no jet set, putas, etc).

Mas, tal como ele explicou, depois, diplomaticamente, no fundo nunca se sentiu um Stone e nunca pensou que acabaria a vida nos Stones. Aquilo não era um casamento e mesmo estes não duram sempre…Pode ser. Mas lá que os gajos nunca mais foram o mesmo, isso é verdade. E sendo geniais, foram-no um pouco (um muito) menos sem o outro Mick.

Deixo só uma nota final para que se apercebam da importância dele nos Stones: o gajo esteve com a banda de 69 a 74. Foram os melhores anos dos Stones, ao vivo e em estúdio. Vejam só a sequência de álbuns que ele grava com os Rolling: 69 - Let it Bleed - OBRA PRIMA; Sticky Fingers (70) - OBRA PRIMA; Exile on Main Street (71 ou 72)- OBRA PRIMA. São só os três primeiros álbuns de Mick Taylor nos Rolling Stones! Se lhes acrescentarmos Beggars Banquet (68), imediatamente anterior a Let it Bleed, temos aqui o melhor período e os melhores discos da história dos Stones, que digo eu, da história do rock!

Street Fighting Man,1973, Frankfurth, gandas Micks:

06/08/09

Dar uns Toques, por Homem Mosca


Reunião do Aparelho destinada à preparação das próximas eleições. O Aparelho está preocupado com a queda eleitoral do Partido e há que fazer qualquer coisa, traçar diagnósticos, decidir e aplicar estratégias. Ambiente crispado, os camaradas estão aterrorizados com a iminência de ficarem no desemprego. Mas as reuniões do Aparelho são sempre muito à frente e o nível do discurso político-filosófico-ideológico é de alto calibre. A sofisticação conceptual é avançadíssima. Imaginemos, não deve ser muito diferente disto:

- Pá, isto tá a correr mal, só temos uma saída: caçar votos à esquerda. Pra isso temos que arranjar umas caras novas para irem nas nossas listas. Dar uma imagem de renovação , os intelectuais, os jovens e as gajas boas tão connosco e isso...Ou captamos umas figuras à nossa esquerda ou tamos fodidos.
- Tens toda a razão, camarada. É por isso mesmo que já apresentámos algumas listas com umas caras larocas mais ou menos ligadas à esquerda.
- Pois é, em Ventosa de Baixo já temos a Inês Madeireira, é bem visto.
- E em Alcarraques caçámos o Anástácio Cipriano, um gajo vestido de preto e de barba por fazer, ficam sempre bem e dão votos.
- Mas em Alguidares, temos um problema pá. Quem é que caçamos em Alguidares?
- Podia ser a Júlia Amélia, pá, a gaja tá mal vista no partido dela, lixávamos esses comunas de merda e ainda somávamos uns votitos. E é boa, fica bem na foto e tudo.
- Tá bem visto, pá, vamo contactá-la. Ouve lá, ó Silva, quem é o nosso homem em Alguidares, para tratar do assunto?
- O nosso caçador em Alguidares é o Tó Saraiva, o filho do Saraiva... O gajo conhece a tipa, pode-lhe dar um toque...
- Então ele que dê o toque e fica o assunto de Alguidares resolvido.
- Mas ó Zé, ele tem que ter carta branca pra prometer um tacho à gaja se ela aceitar, sabes como é, isto não vai lá com lentilhas...
- Tudo bem, pá, diz-lhe pá avançar que tem carta branca da minha parte. Mas, ouve lá, se a coisa der pó torto e a gaja abrir a boca não tenho nada a ver com isso, ele que se amanhe, hã... Se der merda o Tó que se aguente sózinho, eu nunca disse nada, é iniciativa dele...
- Ok, ok, vou ligar pó gajo e ele faz o contacto já amanhã.
- Porreiro pá!

P.S. Qualquer semelhança entre este diálogo e a realidade é mera coincidência. Ás vezes dão-me estes flashs, é tudo...

04/08/09

Tattoo You - Restos Que Valiam Milhões, por Cáolho

Não é o meu disco preferido dos Stones (nem por sombras), mas tem uma história curiosa que vale a pena contar. Falo de Tattoo You, álbum de 1981 dos Rolling Stones.

Há pessoas que têm um talento raro para fazer óptima comida com os restos dos almoços e dos jantares que se encontram lá por casa. Chris Kimsey, produtor de Tattoo You, parece ser uma delas. É que o disco é uma selecção de gravações rejeitadas, outtakes e melodias esquecidas de álbuns anteriores. Comida requentada, portanto...

Em 1981 os Stones estavam numa fase mais ou menos delicada, enfrentando dúvidas e uma barragem de críticas que os acusava de viverem dos louros colhidos no inicio dos anos 70. A banda precisava de um bom álbum, ainda por cima depois do relativo fracasso de Emotional Rescue de 1980 (quanto a mim um excelente álbum injustiçado pelos saudosistas). Foi uma época de algum impasse criativo, segundo a crítica...
Kimsey salvou a situação quando propôs à banda a gravação de um novo álbum com material completamente esquecido. Mas Chris viu ouro nesse material requentado e não se enganou.

A faixa de abertura do disco é, nem mais nem menos, Sart me Up, uma das músicas que mais milhões rendeu e um standard absoluto dos Stones. A canção data das sessões de gravação de Some Girls (78). Foi gravada no mesmo dia em que os Stones gravaram Miss You, começou por ser uma faixa Rock e foi refeita em versão reggae. Resultado: toda a banda e, especialmente, Keith Richards, odiou a música que ficou na prateleira durante 3 anos até ser redescoberta por Kimsey e re-trabalhada pelos Stones com o sucesso que se conhece.

Slave, outra excelente música, que contou com a presença de Sonny Rollins no sax, foi recuperada das sessões de Black and Blue de 76, tal como Worried about You. Hang Fire e Black Limousine vêm do tempo de Some Girls (78), Little T and A de Emotional Rescue (80) e Waiting on a Friend e Tops dos tempos remotos de Goat`s head Soup (74).

Conhecendo-se a qualidade de algumas destas músicas não se percebe como é que ficaram de fora dos álbuns citados. Goat`s Head Soup, pese embora a presença de clássicos como Angie e, sobretudo, Star Star, é, a meu ver, um dos álbuns mais fracos da banda. Como é que não aproveitaram uma canção tão fantástica como Waiting on a Friend? Slave com o seu balanço jazzistico faz lembrar Can´t You Hear me Knoking do imortal Sticky Fingers (70). Não coube em Black and Blue?

Seja como for, admito que esta coisa de escolher faixas para um disco deve ser como fazer equipas de futebol: há os treinadores de bancada, como eu, que acham que o jogador A deve jogar a titular, mas a questão é que que quando nos perguntam «quem é que tiravas para entrar esse?» ninguém se entende... Chris Kimsey declarou depois que o problema estava na organização da banda: o homem passou longas temporadas literalmente à procura de gravações, já que ninguém sabia onde se encontravam as tapes. Nada era catalogado, o material estava disperso nos mais variados sítios. Incrível, tratando-se da fábrica de fazer dinheiro que eram e são os Rolling Stones! E depois, há faixas que não resultam numa altura, mas que acertam em cheio dez ou vinte anos mais tarde. Uma questão de Kairós ou de oportunidade. Voltando à analogia gastronómica, Keith Richards, di-lo-há como ninguém:

«A maneira como estas faixas amadureceram é exactamente como o vinho - limitas-te a guardá-lo numa cave por uns tempos, e, alguns anos mais tarde, quando sai para fora, vem um pouco melhor».

02/08/09

Stephen King’s The Stand , por Supernova



Agora que 2012 está a chegar e em que ano após ano somos assombrados com novas estirpes cada vez mais mortais do vírus da gripe, The Stand renasce e surge como uma obra quase profética que nos envolve num mundo pós-apocalíptico, numa clássica luta entre o Bem e o Mal tão comum no génio de Stephen king.

This is the way the world ends
This is the way the world ends
This is the way the world ends
Not with a bang but a whimper.
T.S. Eliot

E eis que aos primeiros segundos nos é dada a apresentação da mini série de quatro episódios com aproximadamente uma hora e meia cada (The Plague, The Dreams, The Betrayal e The Stand), através dos últimos versos de “The Hollow Men” de T.S. Eliot, poema que viaja pelo reino dos mortos.

The Plague
Tudo corre bem, afinal, há crianças a brincar numa Reserva do Governo americano bem guardada por uma cerca electrificada. Tudo normal! É nessa reserva/ laboratório que um vírus da gripe está a ser manipulado. Sob a observação de um corvo (Randall Flagg), o vírus escapa e enquanto um guarda das instalações foge com a sua família vemos um laboratório cheio de corpos que nos são mostrados ao som de (Don't Fear) The Reaper dos Blue Oyster Cult, nesta passagem, e enquanto o apocalipse ganha forma, vê-se uma televisão preocupada com concursos tão úteis para a felicidade do mundo! Estava lançado o mote.Em “The Plague”, aquele que para mim é o episódio da série mais bem conseguido – o episódio que agarra, assistimos ao avanço do vírus e ao circo militar, somos levados pela Califórnia, Texas e Arizona. New York e Maine, a casa de King (outros estados e cidades serão atravessados ao longo da série). São introduzidas algumas das personagens de maior relevo na história. Randall Flagg (o Mal), a velha Mother Abigail, que é a personificação do Bem e que reúne as tropas em sonhos, Nick Andros (surdo-mudo), Stu Redman (um habitante de shit hole, Texas USA) e Larry Underwood (um cantor). Este episódio termina a fazer lembrar o filme de John Carpenter “In the Mouth of Madness” cabendo a Stu Redman a visão de John Trent no filme de 1994.

The Dreams traz-nos o resultado da propagação do vírus e começa com uma imagem forte, ao mostrar uma filha (Fran) a ultimar a mortalha que envolve o pai. É visível neste episódio o vazio e a solidão que abraçou a Terra, por todo lado há cadáveres a apodrecer.
Surgem novas personagens, com destaque a Nadine, que haverá de ser a esposa de Randall, e Tom Cullen, um mentally retarded analfabeto que luta para dar um toque de normalidade à sua cidade e que acaba por se cruzar com Nick Andros dando início a uma amizade difícil mas que acaba por vencer as barreiras à comunicação. Neste episódio a construção das personagens ganha força e começa a viagem das mesmas para Hemingford Home (a casa da mãe Abigail). Os sonhos começam a dar cada vez mais pistas e muitos deles tornam-se em pesadelos. É o episódio do recrutamento por parte de Randall que começa a organizar os nomes da sua ofensiva, escolhendo como quartel-general a cidade do pecado!
Surge nesta segunda hora e meia da série o primeiro frente a frente do Bem e do Mal.

The Betrayal marca a mudança de Hemingford Home para Boulder, a Zona Livre. Estabelecem-se novas relações e solidifica-se a união de Flagg e Nadine, ela que irá servir a traição numa refeição em que o prato principal será palavras confeccionadas com veneno e acompanhadas com uma sobremesa sexual. Esta cena é concretizada através de uma boa harmonia entre representação, realização e música (na minha opinião a melhor cena a nível cinematográfico do episódio). Neste episódio é criado, pelos sobreviventes e ao som de The Star-Spangled Banner, um comité que surge como o centro de decisões de um novo Governo. Esse comité será responsável pelo o envio de três espiões a oeste na tentativa de observar as movimentações de Flagg. Assume grande importância para o desenrolar da série a ida e volta de Mother Abigail de um retiro do qual traz as suas ultimas directivas e das quais resulta a viagem de quatro salvadores rumo á destruição do Mal. Uma nota neste episódio para o tributo de Stephen King a Hitchcock. King gosta sempre de fazer uma aparição nas suas adaptações ao cinema/TV e neste episódio é agradável ver a sua representação.

Em The Stand a viagem do quarteto continua enquanto o casamento de Randall e Nadine é consumado no meio de gritos de desespero. Começa aqui a ganhar forma o fim do círculo do Mal e tudo parece fugir ao controlo de Randall. É o episódio do arrependimento máximo e do último sacrifício enquanto Randall desespera para matar os três espiões que foram mandados para observar as suas acções.
Com argumento de Stephen king e realização de Mick Garris (Sleepwalkers, Tales from the Crypt, The Shining TV mini-series, Masters of Horror) The Stand é uma adaptação para televisão do livro homónimo de King. Conta com boas representações, outras nem tanto, com caracterizações muito bem realizadas e tem no seu elenco nomes como Gary Sinise (Snake Eyes), Molly Ringwald, Jamey Sheridan, Ruby Dee, Miguel Ferrer (Twin peaks), Corin Nemec, Adam Storke, Rob Lowe (Brothers & Sisters), Laura San Giacomo e Ossie Davis. O elenco é ainda abrilhantado com as participações de Ed Harris (Pollock), Kathy Bates (Misery), Kareem Abdul-Jabbar (Game of Death) e Sam Raimi (realizador de The Evil Dead).

É uma série a não perder sobretudo para quem é fã das adaptações de King, estes sentirão a falta de uma personagem como Molly Anderson ou Mrs. Carmody, e para quem gosta de filmes que metam à prova a condição humana. Tem efeitos especiais que deixam algo a desejar mas é agradável ver uma produção com puppets em vez do cada vez mais habitual recurso ao CGI. The Stand leva-nos a viajar por um mundo em ruína enquanto aproveitamos a paisagem americana através da fotografia da série.