08/01/09

As minhas leituras de 2008, por Tinoni

Então, aqui vai.

Policiais: Há aí um confrade que torce o nariz quando digo que passo a maior parte do ano a ler policiais. Quero lá saber. É da maneira que sei distinguir entre os sintomas do arsénico e do ricino e tu não.

Da P.D. James, o “Pecado Original” e o “O Farol”. A P.D. James devia ser canonizada e está tudo dito.

Da Patricia Cornwell, policiais versão bata branca, deixei a meio “A Ilha dos Cães”. Noutros anos lia muito a autora e deliciava-me com as autópsias (ao contrário da nossa ilustre convidada Theresa). Depois, fartei-me com os interlúdios cada vez maiores dos problemas pessoas da doutora.

Raymond Chandler, “Um Longo Adeus”, um clássico maior do Noir americano, com aquele detective, o Marlowe, não sei se já ouviram falar, um que faz de Bogart. Um confrade uma vez fez aqui uma paródia do género, que saiu bem catita.

Simenon, vários e sempre a rodar. Querem simenons, tenho cá muitos. O maior dos gajos que escrevem histórias de policias e ladrões do rarissimo género “policia com mulher que o espera em casa com o ratatouille na mesa a fumegar”. Trabalhava no Quai des Orfévres e bebia imperiais no Dauphine.

Ainda no género policial, a Enid Blython e “Os Cinco Voltam à Ilha”. Só para experimentar como seria ler isto outra vez. Não perguntem. Bom, é uma daquelas edições velhinhas que toda a gente com mais de 40 anos conhece. Mas os meus preferidos sempre foram Os Sete, não me lembro já porque razão.

Já não me lembro se li algum Conan Doyle. Quando me esquecer quem era o assassino no “O Cão dos Baskerville”, volto a lê-lo.

E mais um ano sem ler o Le Carré. Desde que acabaram as suas crónicas da Guerra Fria, com aquele tango magnífico de espiões e diplomatas em Bona, Londres e Moscovo, que o tipo não me interessa. Parece que agora anda a denunciar multinacionais do medicamento. Seca…

Na mesma onda, do Graham Greene comecei a ler o “Agente Secreto”, mas a tradução era tão má (a encomenda do crime foi da “Empresa Nacional de Publicidade”, editora que já nem existe), que desisti à página 20, por aí.

Coloquei dois Lagardéres, do Paul Féval, em cima da mesinha de cabeceira, ainda o ano não tinha acabado. Para reler este ano que corre. Vamos a ver como envelheceu a coisa. Tenho medo, muito medo. Mas tenho a certeza de que os cachopos leriam com mais proveito moral as aventuras do Lagardére do que “Os Cinco”, onde deixam miúdos piquenos passar sozinhos uma noite numa ilha deserta.

E um “Aventuras de Rocambole”, do Poison du Terrail, também li e nem sei que vos diga. É um daqueles personagens que criam um adjectivo (o termo rocambolesco vem daí) Só lido, só lido… Encontrei numa chafarica de velharias, comprei e não me arrependo. Também, pelo preço…

Importa dizer que as edições que tenho destes dois últimos são, pelo menos, um prazer para os olhos. As ilustrações, os tipos de letra… uma delicia.

Na mesma mesa ao lado da cama, onde vão pousando estes todos, tem residência mais permanente o “Poesia do Século XX”, do Jorge de Sena. Como tenho um bocado de dificuldade em perceber de poesia e de poetas, ando a aprender e tenho o Jorge de Sena como bom professor. Olhem, por exemplo, o Novalis era maluco.

Quem adora e percebe de rimalhada é o nosso Daniel Abrunheiro, de quem li o Terminação do Anjo. Diz o Mangas, num post lá em baixo, que ele “escreve como se confeccionasse iguarias raras” e está muito certo.

O Daniel iria achar piada ao Fernando Lopes Graça no seu já muito distante “Disto e Daquilo”, uma catilinária daquelas à antiga, que resultavam em ameaças de duelo à bengalada no Chiado (hilariantes as crónicas dele dirigidas ao pobre do compositor Ruy Coelho). O Graça era mau como as cobras, sinceramente. Mas este já não me lembro se o li em 2007 ou 2008.

Ou o Artur Portela Filho e vários dos seus volumes de “A Funda”, crónica sócio-politica da sociedade recreativa portuguesa dos anos imediatamente antes do 25 de Abril de 1974, que eu encontrei onde achei o Rocambole e que vou lendo.

Falando nisso, ainda no sector arqueologia, li o Saldanha Sanches e o seu “MRPP, instrumento da Contra-Revolução”. Na altura, era já o “renegado” Saldanha Sanches. Tempos divertidos. “Li”, é uma forma de dizer: fui saltando páginas à procura de nomes: “sera que o gajo fala do Barroso?” E tal. O resto é tralha.

Sector Curiosidades: comprei um livro de um tal Alexei Tolstoi e só depois de me dei conta de que Tolstoys são como Silvas na Rússia... enfim, como Sequeiras. Confundi com o outro Tolstoy, o Leon. Pra lá está intacto, que eu só leio as obras do verdadeiro Canone Ocidental.

Como o Dostoyewsky, falando em russos, de que li o “Sonho de um homem ridiculo”. Não é exactamente o “Crime e Castigo” (que deixei a meio há três anos, mais ou menos), mas é o Dostoy (gajos perturbados da mona pobres de jó a cirandar pra cima e pra baixo nas margens do Nevsky).

E voltei a ler o “Três Homens num Bote” do J.K. Jerome, um clássico vitoriano de humor inglês. Já esteve mais frescote, mas ainda se consome…

Fui lendo também no ano que passou o famoso “Meu Filho, Meu Tesouro” do Benjamim Spock, (“Baby and Child Care”, no original) o manual “oficial” de puericultura do fim dos anos 40 do século passado, nos States, que alguns por lá já disseram ter provocado os hippies e a bandalheira geral nos sixties (que, graças a Deus, não chegou cá). Sopinha e muito carinho para os meninos.

Voltando aos portugueses, reli o Eça de Queiroz: “A Ilustre Casa de Ramires” e “O Crime do Padre Amaro”. Estamos falando, portanto, na fase saloia do Eça, a que há que acrescentar “A Cidade e as Serras”, o tal da canjinha a fumegar em Tormes.

Conrad, Joseph, “Mocidade”. Quereis tirar a carta de Patrão de Alto Mar? Lede primeiro este livrinho. O Conrad era ainda mais passado dos cornos do que o Novalis, aquele lá de cima.

Cendras, Blaise, “Rum”, cinco páginas, por ora.

O’Flaherty, Liam, “O Denunciante”: Ser bufo é feio e, na Irlanda, actividade perigosa.

Camilo Castelo Branco – “Memórias do Cárcere”, “O Bem e o Mal” e a “A Queda de Um Anjo”, com o meu herói Calisto Elói de Silos e Benevides de Barbuda.

Ainda no género Portugal Pitoresco, mas no subgénero Ó Malhão, Malhão, o Aquilino Ribeiro, com o “Malhadinhas” e “Terras do Demo”. Espero ler este ano o “Casa Grande de Romarigães”.

E li mais um bocadinho do “Assassinos da Beira - Novos Apontamentos para a História Contemporânea”, edição de 1890, da autoria de Joaquim Martins de Carvalho, redactor do Conimbricense, com dedicatória manuscrita do autor ao prezado amigo Dr. Simões de Castro. Uma preciosidade, portanto, que se entretanto não se acabar de desfazer fará a fortuna do meu filho. Denúncia das aventuras do cacique assassino João Brandão e seu bando pelas terras da Beira, quase em tempo real. Verdadeiro jornalismo de investigação e de denúncia e repositório de curiosidades várias da animada vida politica naqueles tempos.

E, finalmente, por pouco, poucochinho que não lia o “Arte da Guerra”, do Sun Tzu, uma edição que saiu num jornal ou revista qualquer. Mas entretanto tive de ir aquecer o arroz de frango ao miúdo e ficou lá esquecido em cima da mesa. A ver se não passa deste ano. Depois digo.

Parece que li um porradão de livros, mas a verdade é que de vários ainda só li metade, ou três quartos, ou um terço, ou menos ainda. O “ainda” é optimismo alucinado relativamente a algumas e determinadas situações.

P.S. espero que saia a fotografiazinha com o texto...

25 comentários:

Anónimo disse...

Não saiu mesmo a fotografia, como eu receava. Desculpem lá. O sistema é um bocado complicado. Façam de conta que está aí em cima a fotografia do Poirot. Se alguém ai souber como é que se pôe o homem, agradecia.

Tinoni.

Anónimo disse...

Pronto, já lá tens o poirot versão BBC estilizada. Se não gostares diz, que a gente troca.
E quando tal não parecia possível, eis uma lista ainda menos canónica do que a do Cão. Pistas muito interessantes de leitura. Essa de rever os Cinco, por exemplo está bem vista. Eu cá ando com ganas de reler o Júlio Verne. E os sixties chegaram cá sim senhor, só que foi nos seventies.

Anónimo disse...

ah ganda tinoni.
assim tá bem, assim é que tá bem.

Anónimo disse...

Eu gostei desta frase, síntese lapidar da obra do dosto:

«Não é exactamente o “Crime e Castigo” (que deixei a meio há três anos, mais ou menos), mas é o Dostoy (gajos perturbados da mona pobres de jó a cirandar pra cima e pra baixo nas margens do Nevsky).»

Quanto ao resto da lista, tu lês boés da policiais, mene. Quando tiver um crime para resolver contrato-te.

Columbo

Anónimo disse...

Jágora, obrigado pelo Poirot. Não era esse, mas saiu melhor do que a encomenda. E o Júlio Verne está bem pensado, sim senhor.

tinoni

Anónimo disse...

caramba este 2009 começa bem. O Tinó saiu da toca e vivo, e vivo. caramba as maravilhas que um home ainda está destinado a ver.

ass: Belo Zebú

Anónimo disse...

e pronto lá cortaram a Monica. agora só lá pra sábado. razão tem o Nini. era cuma foice. mas adiante.

isto anda muito infantil ó Tinó. Os Cinco, os Sete, 3 homes e o cão saldanha sanches e o mrpp, por muito menos há muito boa gente compulsivamente internada. aparece mais no Porco que isso passa.

belo zebú

Anónimo disse...

Porreta, Porreta!Cum catano, isto é policial abonde!Um homem a ler tanto crime acaba por cometer um. Olhem o Moita Flores, ledor monomaníaco de policiais! Já cometeu quatro livros.
Mas gostei do laconismo judicioso da crítica. Sempre gostei de laconismo.Por falar disso!E a Mónica Roccaforte?

Theresa Castello Branco disse...

Tinoni. Assim não vale. Julguei que a pergunta era que livros novos tínhamos lido.Se era que livros novos e velhos, entã... P.D.James acho demasiado lenta, mas Maigret, esse, todos os anos, Aínda há dias disse para comigo "estou a precisar de Maigret". Só me preocupa que beba tanto. Simenons não tem mais do que eu. tenho todos. Mas só leio os Maigret. Poison du Terail estou para ler desde que Eça de Queiroz acusa as meninas do seu tempo de o lerem e mais nada. Mas devia estar enganado, em materia de senhoras ou meninas da boa sociedade ele meteu muitas vezes o pé na poça. A Ilustre Casa sempre, no verão. E os Três homens num bote não posso ler, porque a cena do tio a pregar o quadro me faz rir até fazer mal. Gosto destas listas, Theresa S. de CºBº

Anónimo disse...

Theresa, eu acho que está a nascer uma bela amizade… conquentão, a cena do tio a pregar o quadro, heim?... Eu também lá consegui sobreviver a custo ao ataque quase mortifero de riso nessa cena, da primeira vez, vai para mais de vinte anos. Tenho para aí outro JK Jerome, com os mesmos malucos e o mesmo canito, mas não sei onde está e não me lembro do título. E tem os Simenons todos? Mas são práí centenas! Eu contei aqui em casa 22 maigrets, aqueles magrinhos da Vampiro, mais a “Pousada da Alsácia” e “O Homem que via passar comboios”, ambos muito bons, mas sem o panache dos Maigret. E também não sei onde mete o homem tanta cerveja e calvados no bucho. E ainda arrasta para a miséria alcoólica os pobres dos seus inspectores. É verdade que também tinha lastro para tanto álcool. A Sra Maigret mimava-o com os guisados e o homem conhecia sempre algum tasqueiro, lá da Provence, que lhe preparava coisinhas especiais. Por acaso, também tenho aqui “As boas receitas de Simenon e Maigret”, de Courtine, um roteiro gastronómico dos dois, escrito por um amigo de ambos. Também tenho uma devoção pelo Simenon. Que evidentemente é o Jean Richard, o Maigret definitivo em carne e osso. E a P.D. James é lenta, sim senhor, mas eu também gosto do género lento. Para mim, não há melhor autor(a) policial viva. Também já tive a minha fase Patrícia Highsmith (a série do Ripley) e a Ruth Rendell (patologias assassinas). Apareça sempre.

Tinoni

Anónimo disse...

Theresa: eu comecei a beber por causa do Maigret, precisamente. O problema é que o Simenon (sim e não) já morreu e eu ainda não.
Os maigrets todos são mais ou menos 82.
O Simenon não-maigret também não é mau, mas é preciso escolher, que o gajo era um bocado camilo castelo branco.
Nota final: tirando a portuguesa, as séries de televisão com policiais demonstram à sa/sociedade que a TV não tem de ser inimiga da literatura: cf. Jeremy Brett/ Sherlock Holmes e David Suchet/Hercule Poirot. Quanto a TV/Maigret, não concordo. O inglês Michael Gambon parece-me muito bem (em reposição corrente na RTP Memória), mas julgo que ainda falta O mégrê definitivo. E não, o Nicolau Breyner não.

Anónimo disse...

Cão
Um maigret inglês é assim um bocado como uma agatha christie de Taveiro. Não dá. Também já vi esse inglês e fiquei meio atónito a olhar para aquilo. O Poirot tem o seu, o Sherlock também, esses aí que tu dizes, e o Maigret ficou mesmo com a cara do Jean Richard, paciência.

Tinoni

Anónimo disse...

Tinoni, este é um regresso ao Tapor ou depois disto vais voltar a hibernar por dois anos comós ursos?

ass: fà DO surrealismo tinoniano que falta há muito tempo por aqui

ps1: e para quando a continuação daquela tese de mestrado sobre o vinagre?

ps2: e porque não um continto policial à lá tinó?

Anónimo disse...

E do Le Carré, entre os 10 ou 20 que lá tenho há um preciosidades há muito esgotadas, como os do Smiley e sobretudo "Os Espião Que Veio do Frio". 2 eurinhos na feira da Pulga cá do Burgo. abanquei logo no Zé Neto para comemorar!

ass: por vezes a vida sorri

Anónimo disse...

Tinoni:
prontos, atãos tá bem, mégré à inglesa, prontos, não.
mas o fundamental é que sejas toyota e que tenhas revindo para ficar no tapor. se não, já sabes, temos de levar com aqueles calhamaços de história do Luzi que só a neófita Theresa pode entender, e com aquelas coisas 35 MM do mangas (cinema dobrado em galego, ainda por cima, com o schwarzenéga a dizer nó próblemá e hastalabista como se fosse brasuca). portantos, tinoni, precisamos de ti, se não o grão volta a falar do pacheco e do morris west, o báice põe-se a dizer que descobriu há quinze minutos um conjunto munta bué da fixe chamado cetones ou lá como é, portantos, tinó, se não voltas, temos o teu irmão a escreber também e tu sabes que isso não está bem, cada família só devia ter um a escrever no tapor, houve um irmão meu que quis escrever aqui eu, zás, bebi-o.
e o michael gambon é munta fixe, melhor do que o Bruno Crémer.

Anónimo disse...

isto é mais a leitura de 4 ou 5 páginas, mais aqueles de que se leu um poucochinho, mais o que se não passou da primeira páginas somados às demais intenções de ler..., ou não tinó?

vinagroso

Anónimo disse...

é, é, mais ou menos... é, pronto. eu canso-me depressa dos livros. se dissessem logo na capa "o assassino, senhor tal, matou os senhores tantos com garrote" ou assim, eu ficava feliz. ler está muito sobrevalorizado. mais importante do que isto tudo, é um bom arrozinho de frango. estou a brincar. tou não. tou, tou. não.tou
um dia destes ponho aqui um policial em que matam um gajo a vinagre.

tinoni.

Theresa Castello Branco disse...

Tinoni. É verdade que as preocupações pessoais da drª Scarpetti pouco interessam, mas passa-se por cima. É a mania dos autores americanos, policial que não tenha detective apaixonado e cenas de cama não há. Os ingleses são mais discretos, os chief inspectors só bebem e fumam. Simenon faz o favor de nos poupar os problemas domésticos e amorosos do casal Maigret. Também com aqueles deliciosos pratos de Madame Maigret. Que mesmo quando não tem tempo para comida bem “mijotée” vai à charcuteria trazer uma meia lagosta com maionaise para o rabujento do comissário. Mas que boa leitura de inverno. Há livros sasonais. A Ilustre Casa é livro de verão. Ninguém como Eça sabe falar do dia de calor. Convidar-me a escrever sempre, é como incitar o porco a comer sempre. Theresa S. de CºBº


Cãomenon. Nunca vi melhor classificação para os livros Não-Maigret de Simenon. São na verdade um bocado camilianos. Para quem não é camiliano, evidentemente. Por acaso, ou talvez não, tenho esses Simenons numa prateleira abaixo de outra – muito lá no alto - onde tenho dois metros e meio de Camilo. Com acesso difícil, enquanto os Maigrets estão no corredor em estante menos elegante, mas mais acessível. Há anos a “Rencontre”, uma editora suíça, publicou as obras completas de Simenon, e o meu marido e eu subscrevemos, e como os suíços são gente seria, penso que está lá tudo. Cada volume contém uns três ou quatro dos seus romances. Theresa S. de CºBº

Anónimo disse...

é uma alegria e um gosto andar aqui pelo Porco. ah, saudades. adiante.

já que se fala por aqui de policiais e comida, como deixar de trazer aqui o Manuel Vasquez Montalban e mais inverosímel dos detectives o Pepe Carvalho, galego catalão, ex agente da CIA e ex filiado e undercover do Partido Comunista, gastrónomo dos quatro costados, ex-leitor fanático que adora queimar livros sobretudo os que mais gosta. um dia destes há post por aqui. O melhor deles todos é o Mares do Sul. E o Prémio também é de destacar, assim como o Assassinato no Comité Central.

ass: morteruelo

Anónimo disse...

Um bebe demais, outro come demais, como esse tal Pepe. O Maigret, pelo menos, é beber e andar. Tenho lá o Mares do Sul. Seis-páginas-seis.

Tinoni

Anónimo disse...

Seis páginas do Mares do Sul? Criminoso! Tu é que devias ser policiado e investigado!

ass: Morteruelo de Cuenca

Anónimo disse...

E por falar em policiais e em comida! Arre! Então ninguém conhece o detective gastrófilo Jaime Ramos do Viegas?! Há um receituário regalão e gargantuesco nos livros do Viegas de fazer inveja aos cardápios dos melhores comedouros e bebedouros. Num dos livros há uma personagem que às páginas tantas cozinha um Pollo en escaboche y arroz com granados, prato mexicano de especioso conseguimento. Sei de um marmelo que levou o preceituário do livro à risca, acolitou-o de meia dúzia de Coronitas, como manda a personagem, e no fim sentiu descer sobre si o espírito santo e começou a falar línguas. Leiam-no, Leiam-no!

Anónimo disse...

Britannicus, saudações livrescas para Vexª, pela coragem de levantar aqui o Viegas, que é coisa que faz pruridos em alguma gentinha por aqui. Tenho lá vários, mas ainda só me aventurei ao Longe de Manaus. E gostei. Mas não registei essa veia gastronómica. Vou a nova dose.

Salmanazar

Anónimo disse...

o biegas? o biegas? pramor de deus, carago, pramor de deus. taba a coisa em tão bom níbel, pôçaras.
ora ide À santa merda mais o biegas.

Pinto de Sá disse...

Boa tarde. Será possível confirmar-me o que a pags 113/114 do "MRPP instrumento da contra-revolução" se afirma sobre o comportamento de Fernando Rosas quando preso pela PIDE?
Obrigado