Caro Vítor Serpa,
Desde sempre, para mim, a Bola foi O jornal desportivo.
A minha eleição privilegiou jornalistas como Alfredo Farinha, Homero Serpa, Carlos Pinhão, Aurélio Márcio, … homens honestos, argutos, sabedores, de palavra, que se norteavam por princípios éticos e deontológicos acima de qualquer pseudo-intelectual pretensioso, com verborreia acintosa e ignorância desavergonhada.
Quando a vossa linha editorial, certamente marcada por critérios económicos, optou por incluir Miguel S. Tavares, intui um retrocesso a todos os níveis, mormente de qualidade. Esse escriba veio, efectivamente, revelar os dotes de quem se julga intelectual, alardeando teorias — que considera conhecimentos — acerca de todos os assuntos. Na Bola assiste-se a um exercício confrangedor e pungente de um assalariado da palavra que, sem um saber sustentado, se limita a expelir uma maledicência abjecta e um ódio inconsequente que despreza qualquer lógica argumentativa, tão pobre é o seu discurso.
Preferi-lo à inteligência de Ricardo Araújo Pereira deixa antever uma subserviência preocupante.
Porque, em nome de uma pluralidade de ideias, não vale tudo: há princípios, valores axiológicos que sustentam pessoas e Instituições.
Escrevo-lhe, caro Vítor Serpa, porque sempre o li e concordei com as suas opções cívicas e desportivas, que tão claramente enunciou.
Assistir, agora, a esta opção entristece-me. Por todos os motivos. Porque vou deixar de comprar o meu jornal.
Assim se delapida uma Instituição que se construiu baseada em homens de Bem, com valores perfeitamente definidos.
Post-Scriptum: obviamente que também permitiram a intrusão de indivíduos como o Eduardo Barroso, que está permanentemente a afirmar o seu ego inchado, exibindo o seu estatuto e fazendo referências, sempre, à sua actividade profissional (tipo arma de arremesso), numa narração despudorada de valorização do seu papel na sociedade. Mas isso é só o sintoma de uma fraca auto-estima e a sublimação de um certo estado que o revela como alguém absolutamente vaidoso — é inócuo e risível.
Porque sempre o considerei, caro Vítor Serpa, o meu lamento.
Como Heraclito sabiamente nos disse, O carácter de um homem é o seu destino.
Os meus cumprimentos
19 comentários:
Fica aqui lavrado o protesto do xenofonte. Parece que o Porco está a reagir em massa ao óbito da Bola, dois posts em dois dias, eia, eia, estamos em tempo de vacas gordas...
Acho que estás a fazer uma tempestade num copo de água e a confundir o Jornal "A Bola" com o jornal "O Benfica". Mas acho que as benfiquistas sempre confundiram. Nada de novo.
Este comentário do anónimo denota não confusão, mas demência. Como está devidamente explicado, o jornal está absolutamente identificado. Com os seus defeitos e virtudes. E, por isso, o post. Ao jornal "O Benfica" far-se-á outro comentário, que não este. Já agora o jornal "A Bola" foi (e é), milhares de vezes crítico do Benfica. Umas vezes com razão, outras sem ela. Mas legitimamente. Não é disso que trata o post. Se conseguisse fazer um desenho, talvez contribuisse para perceberes melhor. Mas isso é no "jogo"
isto tem um piadão dom catano. a bola sempre cometeu os piores atropelos à verdade desportiva, mas agora que atropelou um benfiquista em prol de um portista, estas alminhas descobriram a pureza casta e aqui del rey que há mouro na costa.
ainda me vou fartar se rir sobre a duração deste período de nojo, não lhes dou um mês até a bolita voltar a ser comprada diária e religiosamente.
maoméu
Ó maoméu, não chutes para a frente, tipo aliviar: clarifica quais as situações em que a bola atropelou a verdade desportiva. E, para falares de algo, convém que saibas do que falas (não basta berrar). Sabes o que se passou? Como se passou? Ou é só para embirrar? Sabes quem é o miguel veloso?
Maoméu, clarifica lá isto: «a bola sempre cometeu os piores atropelos à verdade desportiva».
Note-se que não é um atrpoelo. é plural. E não é um qualuquer. São os piores. E não é cometer atropelos uma vez ou outra. É sempre.
Cá para mim este maoméu deve ser daqueles que confundem o miguel veloso com o rui veloso. Ou o pires veloso.
Luis veloso
Maoméu, clarifica lá isto: «a bola sempre cometeu os piores atropelos à verdade desportiva».
Note-se que não é um atrpoelo. é plural. E não é um qualuquer. São os piores. E não é cometer atropelos uma vez ou outra. É sempre.
Cá para mim este maoméu deve ser daqueles que confundem o miguel veloso com o rui veloso. Ou o pires veloso.
Luis veloso
valha-me Deus, mas eu vou lá falar agora da BOLA, um pasquim nefando que defende a tripeirada e sobejamente conhecido pela sua isenção benfiquista, e isto quando os meus amigos se encontram em período de nojo? nem pensar, eu repeito o nojo e apoio. mai nada.
maoméu beloso
Ou seja rabinho entre as pernas e adeus ó vai-te embora...
Explica-me o que significa "isenção benfiquista". Eu perdoo-te o período de nojo. Afinal, achas bem a censura feita? Ou não concordas? Rapaz, define-te, arrisca uma opinião. Fundamentada. Sem pontapé pró ar.
tenham calma almas de deus vermelho. vossas excelências tão um pouco exaltadas. eu apenas questionei a durabilidade do vosso nojo. porque a bola é o vosso retrato chapado. irascível e sem qualquer concessão ao não vermelho. daí a vossa maior dor. e eu gosto de vos ver doridos. só isso.
a ver o nojo dos outros, tout court
Ah pronto. Não tens opinião. É marrar por marrar. Se tivesse sucedido o oposto também estarias com o capacete. Tá bem. Sê bem vindo. Vou colocar a armadura
"marrar por marrar", tss tss, foge-vos sempre o pézito..., mas adiante, quanto ao não ter opinião, como é óbvio, e tenho e já a tinha dito e aqui se adivinha, sou contra a censura da bola.
mas não é isso que eu comento e nesse aspecto a minha opinião é irrelevante, o que questiono é o vosso nojo, a sua razoabilidade e a duração do mesmo, até porque vocês andaram anos e anos a contemporizar com n desmandos da bola sempre favorável ao benfica. agora, mais do que a censura - censurável -, o que voc~es questionam e perante a qual se enojam é a censura ao benfiquista.
dirão vocês, não, é uma questão de principio.
e direi eu que vos conheço de sanhas imensas e eternas,será, mas há principios mais iguais que outros.
fosse o dito parágrafo censurado por ofensa pessoal, dop Miguel Sousa Tavares e o home ficado tomado de dores e fosse embola da bola, e voc~es certamente criticariam o rpincipuio mas não havia nojo nenhum, digo eu deque.
fruta fresquinha
ah prontos, o fruta acha que já nos conhece e como já nos conhece (melhor que nós) sabe como é que nós reagimos e quais os nosso critérios para reagir assim e não assado em função desta ou daquela pessoa que estão em causa, and so on. O homem tem fé! e eu respeito a fé e prontos. É um pouso a hoistória do outro:
- quanto é que custará este rissol? Não sei, se calhar 2 euros... 2 euros? Ladrões do camandro and so on...
bruxo! e bingo!
fruta geladinha
muito bem. portantos, és contra a censura. mas não digas asneiras: a censura foi feita a um sportinguitsa e não a um benfiquista. logo, a tua teoria cai por terra. conheces tão bem e, afinal, insurgimo-nos contra a censura a um sportinguista (ah, benfiquistas de uma figa)
apesar de um dos nabos ofensor ser lagarto, a guerra é um lampião contra um dragão. e o fundamental é o dragão que é que todas as quartas-feiras vos irrita a página inteira. fosse ao contrário com o MST a sofrer a censura e a ir embora e não haveria período de nojo nenhum. só isso. há principios e principios. e nojos maiores que outros.
engenheiro catástrofe
dizes tu porque te dá jeito
Se fosse diz o catástrofe. Mas acontece que não é. O que se passou é que o tavares fez um ultimatum ao serpa «ou ele ou eu» e o serpa cedeu. A argumetação do catástrofe é absurda é assim a modos que «e se tivessem sido so checos a invador a alemanha de hitler em vez do hitleer a invadir os checos? Pois, mas não só foi o hitler a invadir os checos como também a nojeira estava-lhe no sangue e o por isso o fez. Aqui é o mesmo. O nojo é estrutural no tavares e não nos gato e é por isso que foi ele a fazer queixinhas ao chefe e não os gatos...
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