14/04/12

Ficção e Realidade, por Surfista Prateado

Percebe-se como é que o cinema é a indústria,, por excelência, da criação de mitos. Vi o filme Bruna Surfistinha, o Doce Veneno do Escorpião, apenas mais um filme pop que não resiste a uma análise mais objectiva.
No entanto, como muitos outros filmes iguais a este, vê-se com agrado. Por um lado pelo facto de ser baseado na vida real de uma pessoa já há muito conhecida e, em particular, do mundo da blogosfera. A realidade é uma óptima forma de tornar mais interessante a ficção.

Por outro lado o filme capta o interesse por causa do elenco e de Deborah Seco em particular. Deborah faz de Bruna Surfistinha muito melhor que a própria. É assim mesmo. E num filme cujo tema e sexo passado, na sua maioria, em bordeis e afins, a escola de Deborah Seco está longe de ser inocente. Depois de ver o filme, vai-se à net, procura-se a verdadeira Bruna e descobre-se que fica muito aquém da actriz do filme. Não é só no físico - é em tudo, como se pode ver nas entrevistas que logo aparecem - com o Jô, com a Gabi... - ou nos blogs deprimentes da criatura passados a relatar os jantares, as festas e a qualidade do sushi.
Com a verdadeira Bruna, este filme jamais seria o sucesso que foi. Compara-se a realidade com a ficção e percebe-se: cinema é uma máquina de criar mitos!

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