Os
muçulmanos nunca entenderam o princípio mais básico da
moderna civilização ocidental que passo a enunciar: a minha liberdade termina
onde começa a do outro. Dito de outro modo: posso fazer o que entender desde
que não prejudique ninguém. Esse é o nosso grande princípio e é-o tanto no
plano civilizacional como no das nossas relações pessoais.
Acontece que
os muçulmanos acham que Alá está muito por cima de tudo isso. A omnipresença de
Alá é recorrente a propósito de tudo e de nada – curioso como até a festejar um
golo num simples jogo de futebol um muçulmano agradece a Deus. Ajoelha e
agradece, a ubiquidade de Alá é real porque está sempre presente na cabeça de
um crente.
Consequentemente
torna-se difícil para nós lidar com alguém que acha que aquilo que eu faço,
mesmo não prejudicando os outros, não depende da minha liberdade, mas da sujeição
a uma regra superior e transcendente. O problema, de facto, é quando a minha
liberdade incomoda a do outro. Como fazer?
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