23/02/05

A crise chegou à Igreja da Geografia, e não há PS que lhe valha, por Zinal

Quando menos esperamos chega a crise. Ela pode vir pela falta de poder de compra, pelos sapatos rotos na sola, pela falta de qualidade do leitão, enfim, por todos os meios, mas há sempre uma via que não esperamos, surpresos verificamos que nem tudo o que é fácil está na ponta da língua.

Vem isto a lume porque há dias bateu-me à porta o cura da Igreja da geografia.

Calha a vez a todos.

Depois de me tentar impingir três livrinhos e quatro ideias cinzentas retruquei com veemência que nem tudo estava no livro, nem tudo era segredo.

Após acesa contenda verbal fui obrigado a rebuscar o fresco na minha memória e disparei, sem saber que o fazia de forma tão mortal, e foi assim:

Então qual o número de cantões da Suiça?

Estupefacto nem o som do silêncio ouvi. Vi apenas caír alguns cabelos sem ouvir o som da coçadela.

Então e em que ano se constituiu o cantão mais recente e qual o seu nome?

(notem que não perguntei a hora, o minuto ou mesmo o dia, perguntei o ano, o ano, nem sequer era necessário escolher entre 365 ou 366 dias com mil raios).

É claro que me senti enganado, assim como quando vou a um tasco e de lá saio esfomeado.

Será que na última ceia a prelecção à confraria irmã foi preparada? As capitais estavam encomendadas? Dei comigo a pensar que era o Conde da Ribeirinha e que estava a ser esventrado pela Heidi ao som do tirolês.

Enfim, a Igreja da Geografia está em crise, e nada se pode dizer pois está em sintonia com o país.

Vou estudar uma matéria porque já não confio na geografia e assim como assim há-de de haver outro concurso em fim de noite…

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