10/10/05

E no entanto, move-se! por Assessor para a Publicação de Análises

O porco venceu em quase toda a linha, nestas eleições. Essa é de resto uma das conclusões mais importantes a retirar destas autárquicas, em que tudo mudou para tudo ficar na mesma. De facto, foram certeiras as escolhas do tapor na série especial “Anti Top Cartaz Eleitoral 2005”. À excepção de Felgueiras, que ficará para outros fóruns de reflexão e espanto, e da estrondosa vitória de Mata Cáceres em Portalegre, o tal da cidade que não podia parar, foi completa a derrocada dos cromos seleccionados, comprovando a importância do marketing político de out-dors.
Assim, o amigo Tito Evangelista, em Esposende, perdeu com metade dos votos do vencedor; a senhora que o Bloco de Esquerda desencantou para a Trafaria perdeu, mas perdeu honradamente, quase triplicando a votação no BE relativamente a 2001; Em Tavira, o socialista Fialho também levou nas trombas (apesar de ter subido o score do PS em 49 votos); Mais humilhante foi a porrada da pistoleira popular de Porto de Mós, nem um mandato e quase reduziu para metade o eleitorado do CDS naquele concelho. Outra enorme porrada foi a do Faustino em Santa Maria da Feira, que também conseguiu o feito de descer o score do CDS-PP de 3800 para 2300 votos; Já o senhor Hemetério, socialista de Alter do Chão, perdeu mas ficou a vereador (não obstante ter perdido um mandato relativamente a 2001); Verdadeiramente desastroso foi o Vitorino, independente pelo PSD em Faro, que apesar das mãos à mostra perdeu a câmara para o PS em contra-ciclo nacional; Os simpáticos do BE de Estremoz (Assembleia Municipal) também levaram forte e feio: Ficaram em último, atrás do partido do táxi, sem mandatos e descendo a votação no BE de 282 para 196 votos; No Porto com o eléctrico Assis, foi o que todos sabem, com a malha estrondosa do Rio no PS, que desceu de 6 para 5 vereadores.

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