Para a vítima comum do «espírito natalício», esse vírus funesto que dá nas pessoas por esta altura do ano e que as leva a entupir, compulsivamente, os centros comerciais, o Natal é uma encasinação dos diabos. Lido diariamente - lidamos todos - com dezenas de pessoas que se mostram natalícios por fora e completamente à toa por dentro, enquanto zunem com inenarráveis listas de presentes de natal para 10, 20, 30 ou mais pessoas. Para o Abílio um livro (mas de que livros é que ele gostará?), para o Zeca um dvd (mas sei lá agora que género de filmes é que ele vê), para o sr. Soares uma camisola (usará gola alta? Gostará de preto?), para a Francisca um pompom (mas que sei eu de ponpoms, porca miséria?) and so on... Fazer uma lista de compras de natal para uma multidão é sempre, o cabo dos trabalhos, por mais que digam contrário.
Mas isto é para o comum dos mortais. Não para o G. O G. é um animal à parte que criou uma espécie de imunidade ao sacana do «espírito natalício». Hoje fui fazer compras de Natal com o G. e acreditem que para ele não tem nada que saber. O gajo entra na loja de vinhos do V., põe em fila indiana em cima do balcão umas 10 garrafas de tinto, pede um saquinho natalício para cada uma e prontos, tá resolvido o problema das compras de natal. Assim é fácil: 10 pessoas, 10 presentes, 10 garrafas de tinto, não tem nada que saber.Também, notou o V., você só dá vinho, só dá vinho... Nem ao menos uma aguardente velha, para variar...
1 comentário:
Boas festas para os porcos
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