10/07/09

Betos? Era matá-los!, por Ni-ga!


Sem mais comentários descnecessários, segue-se a publicação do excelente post do Ni-Ga,editado em estreia mundial absoluta no http://vaipaselva.blogspot.com/.

Decidi corresponder ao apelo do Mau-r-à-dona e fazer um texto sobre os betos. Vocês têm tanta aversão por Mitras ou Sangokus como eu tenho por Betos. Principalmente pelos "betos-da-solum" e pelos "betos-do-dona".


Quando olhamos para um Sangoku lembramo-nos logo do vegeta ou do Son Goku. Eu quando olho para um beto lembro-me do Fernando Pessoa. Ou, outro tipo de betos, fazem-me lembrar morangos. Mas não são uns morangos quaisquer: são Morangos Com Açúcar.


Eu explico. Há dois tipos de betos: os betos rebeldes (morangada) e os betos-certinhos (Fernandos Pessoas).


Os betos-certinhos são o tipo de pessoa que só se topa através de uma curta conversa. Normalmente são tímidos e usam as calças e camisas bem engomadinhas que a mãe lhes prepara, quer tenham 10, 15 ou 20 anos. Andam com a roupa escolhida pela mãe, não sabem o que são gajas, passam a vida em explicações e não fazem nada do que é politicamente incorrecto.


Sempre que olho para eles imagino-os com um chapéu e uns óculos como o Fernando Pessoa. Imagino-os a ler livros profundos e a fazer reflexões em voz alta ou a declamar poemas enquanto jogam xadrez com os amigos:

“O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.”


Este tipo de betos é criticável mas não tão irritante como o segundo tipo. Os Fernandos Pessoas não vivem. Não sabem o que é divertir-se. Será que alguém pode dizer que já viveu sem nunca ter fumado um cigarro, sem nunca ter snifado qualquer coisa, sem nunca ter posto alguma cena para a veia, sem beber álcool, sem ter pertencido a um gang urbano ou sem nunca ter andado à porrada? Acham que a vida é ler, jogar xadrez ou declamar poemas? A vida é curta e dura, sócios! Aproveitem-na. Não é por se drogarem uma vez ou outra que vão morrer muito mais cedo!


O segundo tipo de betos é o dos betos-morangos. São os típicos betos-da-solum: passam a vida no S. José do Gira com os seus capacetes das motos que os pais riquinhos compraram aos meninos porque eles fizeram birrinha. Andam sempre de camisinha mete-nojo, às vezes para dentro das calças, óculo de sol e sapatinho lambidão, com o cabelo à frente dos olhos e a ser afastado com um movimento de pescoço que puxa o cabelo para trás e o volta a meter à frente dos olhos (para ser afastado mais uma vez e outra e outra…). E, claro, fazem a depilação, como bons maricas que são… É por isto e por outras razões que – não digo para não me alongar mais – que acho que os betos (suínos) da solum são uns parasitas sociais!


São mais irritantes porque são ricos, filhos de bons papás e com a mania que são superiores. Drogam-se, bebem e fumam tal como os Mitras ou os Sangokus. Mas têm uma diferença essencial: estilo! Acham-se os donos do mundo e das gajas. Normalmente andam rodeados delas, com aquela meiinha puxada até ao joelho e as calças um bocado mais curtas, para se poder ver a meia de marca e o sapato de vela. Metem-me um nojo! Ia aos cornos a todos no momento!


É que ainda por cima estes moranguitos têm a mania que são maus. Mas na altura da porrada é que se vê quem manda. Os Mitras são muito superiores. Estes morangos não gostam de ler nem de escrever. Têm más notas e chumbam montes de vezes. São pessoas fracas intelectualmente mas que acham que por ter dinheiro são os donos do mundo. A única diferença intelectual e mental entre este espécime e os Sangokus é que os Betos se acham os donos do mundo. O dinheiro compra tudo, não é verdade?


Ah! E outra coisa que me irrita: estou farto de ver aqueles putos que no 6º ano usam calças da resina e são bueda maus, e depois quando crescem, mesmo que não queiram, mudam a sua identidade deixando crescer o cabelo e ficando betolas. O que é isto? Só querem babes? Se não se sentem bem com isso porque mudam? Têm medo de ser chacinados pela sociedade? A sociedade é hipócrita sócios. A sociedade é hipócrita! Ninguém se respeita. Ninguém respeita a diferença. Quando ando na rua ouço risinhos. E daí? Caguei e andei! Afinal ser diferente é ser à frente.


Agora vou-vos falar dos momentos mais felizes da minha vida enquanto mitra: quando chega o verão e vou para a figueira com os meus primos de França e passamos o dia no aquapark! Isso sim é vida! Temos muito a aprender com os mitras franceses, vulgarmente chamados “Avecs”. Eles são o santo graal do estilo. São uma epopeia da expressão! Estão na vanguarda da moda! E eles lá não são criticados como cá! Por isso tirem as vossas ilações e vejam se não chegam à conclusão de que se respeitassem os mitras o mundo era muito melhor!


Como nós dizemos: mas que vida a nossa… Comer, beber e andar de carroça!

6 comentários:

Anónimo disse...

A mim o que me lixa a molecula são os Camões, esses queques de um só olho armados em bons e em poetas. Fico piurso e ataco.

Gipece

Cãomões disse...

Eu tamãe.

Anónimo disse...

ao qu`ísto chegou.

puta que pariu

Anónimo disse...

A mim que andei no Dona e moro perto da Solum parece-me que os de Celas conseguiram sempre meter ainda mais nojo, com direito a discodance própria, bares, cafés e tudo na Afonso Henriques e José Falcão. Mas ao menos dantes havia o States para contrabalançar, agora temos betos armados em fricks no NL e Via que até mete nojo. Pitinhas a competir a ver quem é a mais pseudo pin-up (ou Dita von Tuga) e tonhós armados em rockers, trancers, góticos e por aí fora. F***-se que o próprio degredo se degradou. Que saudades dos verdadeiros mitras conimbricenses dos 80's e 90's.

Anónimo disse...

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na vida…

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó principes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos – mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

(Fernando Pessoa como Álvaro de Campos)

A verdadeira ignorância está em fazer comparações com ALGUÉM que tão pouco conhece. Ofender Fernando Pessoa ou utilizá-lo neste termos é ofender PORTUGAL.
Fernando Pessoa não era betinho, estava sim, muito à frente de qualquer ser mortal.
Ao menos respeitava a Língua Portuguesa, algo que, vergonhosamente, não se encontra nestes blogs da Internet.
Afinal não são muito diferentes dos betinhos e outros que jocosamente aqui acusam: todos têm os intestinos ligados ao cérebro.

Anónimo disse...

Pois eu pertenço a um grupo organizado de seguranças de bares e afins , que já mandou quase todos os mitras para o hospital .
Os mitras cá da figueira levam nos cornos e não piam .

E mal deles e de outros se abrem confusão este verão na figueira.