
Eu não, eu joguei com uns modernos boxers Throttleman de puro algodão, com umas cornucópias douradas sobre fundo azul-esverdeado. Depois do banho, optei por uma mudança de estilo, mantendo todavia a classe, vestindo uns slips com meia-perna, de um branco imaculado, cintado com um elástico negro. Assim tipo Calvin Klein. Este modelo acondiciona melhor os aparelhos viris, dando uma maior sensação de segurança e conforto. Está tudo pensado, com categoria. Classe pura.
Agora, o resto da malta ainda não percebeu que a beleza interior também conta. E até dói ver aquelas cuecas antiquadas. Um deles, o Vice, usava umas axadrezadas, com dois tons de verde. Lamentável. Pareciam sobras de um cortinado comprado nos saldos da Moviflor. O outro, o Grunfo, usava umas cuecas azuis, modelo antigo, tipo Jotex ou coisa que o valha, fabricadas no Vale do Ave seguindo modelos de mil-nove-e-cinquenta-e-tal, apertadíssimas e com a fruta mal acondicionada a sufocar. É certo que a cor escura tem sempre a vantagem de disfarçar as distrações. Mas está mal. O Santo Sudário também não era azul escuro. Quando eu esperava que o último elemento do grupo, o Mau, desse o exemplo contrastante, eis que a minha decepção se torna total. O Mau, que é o homem que afirma que os botões de uma camisa devem ser da cor do tecido e insiste para que a regra seja observada, revelava agora o seu lado parolo. O homem veste cuecas negras, banalíssimas, daqueles modelos em V, antiquadíssimos e completamente out.
Há que mudar, inovar e modernizar. Isto não pode continuar assim. Na Europa já não é assim. Vistam-se como deve ser. Ou então, andem nus que não é pior!
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