Metemo-nos num táxi e rumámos até à Chueca, podia ser que tivéssemos mais sorte num outro must de cujo nome não me recordo mas que era a segunda referência do nosso Livingstone da degustação. Era quase meia noite e a cozinha estava a fechar. O empregado aconselhou-nos o Extremadura, no outro lado da rua e foi assim que lá fomos parar. Sorte a nossa, fomos cair num sítio de excelência (http://www.theplumpoyster.com/restaurants/where-i-like-to-eat/restaurants-spain/)
Sentámo-nos à mesa passava da meia noite (!!!) e fomos excepcionalmente servidos por uma equipa de profissionais. Acabámos de jantar à uma e tal. Espanha até nisto é diferente, não conheço muitos sítios onde nos servissem com esta magnificiência a uma hora tão tardia.
Não vou falar do paté nem da excelente perdiz, nem do cochinilho que papámos. Só queria destacar este vinho: Atteca de 2009 (http://www.verema.com/vinos/31428-atteca-2006), uma excelente pomada de Catalyud, região de Zaragoça, feito com uma casta rara, Garnacha, segundo o G. em vias de extinção. Disse o G. na hora sábia da escolha que estava a um preço acessível mas que é considerado um vinho difícil. Pois que venha, já não somos principiantes, foi o veredicto. E não nos arrependemos: um vinho com uma cor viva, brilhante, bem encorpado, um matulão de 15 graus e um sabor seco a frutos vermelhos muito maduros. Faz lembrar um baga com menos tanino e mais chocolate, não sei se estou a dizer alguma barbaridade… Mas acima de tudo fica a memória de um sabor novo e cru, a fugir à standardização de que padecem os vinhos actuais. Será que encontro este vinho em Portugal?
6 comentários:
Ora viva!
Atão o rapazio do Tapor anda a folgar nas comédias e bebédias!
É pá, mas essa do Garnacha estar a extinguir-se ou é um lapsus linguae do C. ou um lapsus calami teu, ó Cordobés. Prá aí no ano 2000 a Garnacha era a segunda casta mais plantada em todo o mundo. Quantos copos é que o C. tinha entornado? Quantos entornaste tu hoje?
Chupa Chups de Perdiz, Cochinillo confitado com puré de manzana, caldereta de cordero lechal, paté de cerdo en su gordura, Calatayud e não Catalyud, Gabinoteca e não Gabinocoteca. A culpa é minha que devia ter mandado os dados.
graõ
Seja bem vindo, o grande Britt! Pois não sei. O G. é que disse que o Garnacha estava em vias de extinção, eu dessas coisas não vejo um boi e mando os meus palpites assim a modos que a medo. mas o G. sabe e ele anda aí? Como é G.? Asneiraste ou o brit é que não vê um corno disto?
Cordobés
o brit tem razão na parte da extinção asneei e confundi a bicha com outra coisa. aliás, depois do coment do brit é que me lembrei que todos nós já havíamos ferrado o dente em granacha, nomeadamente np notável australiano GSM da Rosemount e cuja sigla deriva precisamente de Granache Mourvedre e outra qualquer que não recordo. Sózinha, tanto quanto me lembro nunca se bebeu granacha, até porque é uma casta que raramente é engarrada em monovarietal, maioritariamente é engarrafada como casta de enchimento com complemento. como é uma casta que produz muito dá vinhos de menos boa qualidade sendo por isso mais dificil de trabalhar, sendo quase obrigatória a monda para o chão no pintor e tanto mais forte quanto menos seco for o clima. como calatayud é muito seco a granache dá-se lá bem. tive a ver, claro. com brits por aqui todo o cuidado é pouco.
graozito
Enfim, o G. já não é o que era...
Pois é e agora para entrar no tal Extremadura vai ser bichas de três horas, depois da recomendação do Cordobés! Não sabias mandar antes um email para o pessoal? tapornumporcopreto!
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