Vejo com naturalidade a proliferação deste tipo de teorias. São, como digo, mecanismos de defesa que correspondem a impulsos sociológicos naturais. Também foi assim com a ida do homem à lua, por exemplo. Ainda hoje há gente que acredita que o homem nunca lá pôs os pés, nenhuma das seis vezes em que lá fomos.
Não discuto com esta malta nem quero saber dos pormenores das suas magníficas teorias conspirativas. Registo apenas e procuro lê-las no seu valor sintomático. Mas nesta matéria não conheço nada tão fabuloso como a história do sr. Carlos que me foi contada por um amigo neste fim de semana. O sr. Carlos acredita piamente em Fátima e, portanto, no sol a zunir a 13 de Maio e no aparecimento da Nossa Senhora em cima de uma azinheira na Cova da Iria. Mas há duas coisas que não convencem o sr. Carlos: não acredita, precisamente, na ida do homem à lua (antes a nossa senhora na azinheira) nem no surf… Pois, no surf. O sr Carlos não acredita no surf, é lá possível gajos a andarem na crista das ondas do mar em cima de tábuas de passar a ferro... Tudo conspiração da televisão para manter as pessoas agarradas… A caminhar na água só houve um e foi Nosso Senhor. Também tá bem! Eu por mim tenho muitas dúvidas acerca da existência do Messi. Acho que é um holograma criado pelos russos, pela CIA ou pelos chineses para nos manter agarrados à TV.
2 comentários:
Tudo certinho.
um espelho nem sempre reflecte a imagem exacta de quem o olha.
Se a maioria seguisse a teoria da conspiração os outros " normais" é que seriam os doidos!!!
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