02/10/07

E ninguém lhe atira com isto à cara quando ele vai fazer jogging pró estrangeiro?, por 8,3


Cito do portal da iol:
«A taxa de desemprego portuguesa ultrapassou a espanhola em Agosto deste ano, pela primeira vez em 20 anos. Portugal foi um dos únicos três países da União Europeia onde o desemprego aumentou em Agosto face ao homólogo.
De acordo com os dados do Eurostat, o instituto de estatística da União Europeia, a taxa de desemprego nacional alcançou os 8,3% em Agosto, subindo uma décima face a Julho e oito décimas face aos 7,5% do mesmo mês de 2006. Esta foi, também a maior subida homóloga da taxa de desemprego da União. Além de Portugal só a Irlanda e o Luxemburgo registaram subidas da taxa, de três décimas cada.
Nos restantes Estados-membros, as taxas baixaram, sendo que a Polónia e a Lituânia lideraram a tendência, com recuos de 13,3 para 9,1% e de 5,8 para 4,1%, respectivamente.
Com este comportamento, Portugal está assim a divergir da tendência europeia e afasta-se cada vez mais dos padrões dos parceiros da UE. O nosso país regista agora a quinta taxa de desemprego mais alta da União e a terceira mais elevada da Zona Euro. Portugal ultrapassa mesmo a vizinha Espanha, cuja taxa de desemprego está agora nos 8%. À frente de Portugal estão apenas a Eslováquia (com 11,1%), a Polónia (com 9,1%), a França (com 8,6%) e a Grécia (com 8,4%).
Em termos mensais, a taxa de desemprego da Zona Euro manteve-se estável nos 6,9% e baixou uma décima na União Europeia para 6,8%. Já em termos homólogos, ambas as áreas registaram uma queda significativa, já que em Agosto de 2006, a taxa era de 7,8% em ambas as áreas.
As taxas mais baixas couberam à Dinamarca e Holanda (3,3% em cada) e as mais altas à Eslováquia (11,1%) e Polónia (9,1%).»


Informação complementar: o mesmo relatório da Eurostat afirma que o desemprego no nosso país é particularmente grave e vem aumentando no caso dos jovens até aos 25 anos e no caso das mulheres. Isto para já não falar nessa chaga que é o emprego precário ou o falso emprego que, como se sabe, entra nas estatísticas como sendo emprego real...

Ainda no mesmo portal da iol, lê-se noutra notícia publicada há mais tempo, o seguinte:

Cerca de 60 mil empregos foram criados desde que o governo socialista tomou posse, a 12 de Março de 2005.A garantia foi dada esta sexta-feira pelo secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, à «Lusa».
«Há um reforço da tendência de criação de emprego no período em que este governo está em funções», sublinhou Pedro Marques, sustentando que desde que o executivo «tomou posse até agora foram criados mais 60 mil postos de trabalho».
Pedro Marques falava a propósito dos dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e que apontam para uma taxa de desemprego de 7,9 por cento no segundo trimestre do ano, menos 0,5 pontos percentuais que no trimestre anterior.
«Tivemos uma evolução positiva, foi a maior queda em cadeia (trimestre anterior) dos últimos sete anos», realçou o secretário de Estado.»


Portanto este tal de Pedro Marques e o competente Instituto Nacional de Estatística dizem que estamos no bom caminho e que o Governo criou 60 mil empregos. O Eurostat diz, precisamente, o contrário. Conclusão: os tipos do Eurostat, o Instituto de Estatística da União Europeia, são uns mentirosos, obviamente ao serviço da Oposição, dedicados a denegrir a imagem do excelente governo de Portugal. Como não percebo nada de economia, só tenho um singelo comentário a fazer: chapem estes números nas ventas do pinto de sousa e da sua excelente equipa. Eles é que sabem destas coisas

Sem comentários: