Por via das dúvidas, peço aos leitores d’O Eco que vão à página virtual ler o que lá está escrito. Leiam, peço-vos. Pensar e divulgar, depois, é com cada um. Estou a fazer a minha parte.
Desconheço (mas desconfio que não) se algum português foi já posto em tribunal por ter chamado “engenheiro” a José Sócrates. Não sei. Nem quero saber. O que quero, é que o País em que nasci seja tão triste quanto lhe der na corneta, mas perigoso não. Que o fado é uma coisa e o fardo é outra.
É preciso desligar de vez em quando a televisão. Nem é preciso abrir um livro. Basta abrir a janela. E a porta. E sair à rua. E dizer assim: ó meu senhor (engenheiro ou não), olhe que os tiques de mandador são bons para o vira, mas para a vida não.
Por anacronismo, o partido que está no poder chama-se a si mesmo socialista. Há quem lhe chame um figo. Há quem lhe chame um assobio. Coisa que eu não lhe chamo, ai isso não, ai isso nunca, é pai.
A liberdade não começa no coração nem acaba na boca. Começa na cabeça, onde, siamesas, residem a memória e a perspectiva. Não me parece que estes senhores (engenheiros-nunca, engenheiros-talvez, engenheiros-pois-pois ou senhores engenheiros) apreciem muito a liberdade. Veja-se o ataque ao Estatuto do Jornalista. Veja-se o preço do pão. Veja-se a corridinha infalível que as televisões assalariadas nunca deixam de repetir: o senhor Sócrates em visita de Estado com um delta de suor na camisolinha suadeira. Veja-se os atropelamentos mortais ao bom-senso por parte dos ministros fidelíssimos do senhor Sócrates. Veja-se a nomeação deste. Veja-se a demissão daquele.
Dou por mim sentindo uma coisa que nunca pensei possível: saudades de Santana Lopes, senhor que, não sendo engenheiro, me divertiu sempre. E não era assim tão perigoso.
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