Era bem visível o estado de cansaço de Menino do Rio. Depois de vinte e seis anos às voltas nas rádios, sobrava-lhe pouco da letra repetida e gasta. Trazia no peito as palavras, “menino vazio” quando conheceu a Garota de Ipanema num bar de praia onde ela costumava entrar e ficar à espera. Esperava que Tom Jobim e Vinicius se sentassem uma última vez na mesa do canto, com um violão debaixo do braço e uma melodia de improviso saltitando nos dedos para cobrir de bossa-nova a saudade.
Garota era uma saudosista. Menino ardia de ciúme cada vez que Caetano cantava Você é Linda. Nessa tarde foi tudo muito mais do que um flirt. E nas noites que se seguiram, Menino e Garota conheceram de novo o caminho do mar num quarto apertado de hotel barato e onde não coube mais a ausência dos seus criadores.
Menino do Rio ia sempre na frente. Garota de Ipanema vinha ao seu encontro. O balanço das coxas em forma de ondas do Hawai, um sorriso tatuado nos lábios, flutuando descalça pela calçada. Encontrava o quarto pela porta onde, longe dos fãs e das grafonolas das rádios, Menino pendurava sempre um letreiro que dizia: menino vadio.
Garota era uma saudosista. Menino ardia de ciúme cada vez que Caetano cantava Você é Linda. Nessa tarde foi tudo muito mais do que um flirt. E nas noites que se seguiram, Menino e Garota conheceram de novo o caminho do mar num quarto apertado de hotel barato e onde não coube mais a ausência dos seus criadores.
Menino do Rio ia sempre na frente. Garota de Ipanema vinha ao seu encontro. O balanço das coxas em forma de ondas do Hawai, um sorriso tatuado nos lábios, flutuando descalça pela calçada. Encontrava o quarto pela porta onde, longe dos fãs e das grafonolas das rádios, Menino pendurava sempre um letreiro que dizia: menino vadio.
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