O quadro anexo chama-se “Bad Boy” e é do pintor americano Eric Fischl, que o pintou em 1981. Fischl, já anteriormente havia chocado as boas consciências, transportando para a arte um sentido voyeur e ilícito, quando em 1979 pintou o “Sleepwalker”, quadro que mostra um rapaz adolescente de pé, numa piscina de jardim, em pleno acto de masturbação. Com este “Bad Boy”, Fischl pregou mais uma cavilha no puritanismo americano. Como sempre e antes da consagração, o pintor foi repudiado e declarado maldito. Hoje faz parte de qualquer colectânea de pintura moderna, embora não certamente da colectânea da Irmã Wendy Becket, que até o Balthus relega para segundo plano.
Neste “Bad Boy”, o voyeurismo e a transgressão sexual invadem a tela. O rapaz vê a mulher e nós vemos tudo. A mulher, madura e nua, plena de luxúria, permanece na cama, indiferente ao tempo e à pressa. Não parece haver culpa da parte dela. Ao invés, o rapaz vestiu-se à pressa. Está completamente vestido e pronto a sair. Pela pressa da vestimenta, transparece alguma culpa no rapaz, a qual, contudo, o não demove de meter a mão na massa.
As cores usadas por Fischl são escuras e frias, mas o quadro transborda de calor e desejo. As persianas reflectem-se no corpo da mulher, num gradeamento sugestivo de prisão. O puto é novinho, macaco, mas está-se nas tintas para as bananas e prefere o roubo da carteira. Joga jogo duplo, certamente descansado de que não vai haver acusação pública.
A cena é tabu, obscena e perversa. Fischl transpõe nas suas telas o eterno jogo da transgressão, na arte como na vida.
Neste “Bad Boy”, o voyeurismo e a transgressão sexual invadem a tela. O rapaz vê a mulher e nós vemos tudo. A mulher, madura e nua, plena de luxúria, permanece na cama, indiferente ao tempo e à pressa. Não parece haver culpa da parte dela. Ao invés, o rapaz vestiu-se à pressa. Está completamente vestido e pronto a sair. Pela pressa da vestimenta, transparece alguma culpa no rapaz, a qual, contudo, o não demove de meter a mão na massa.
As cores usadas por Fischl são escuras e frias, mas o quadro transborda de calor e desejo. As persianas reflectem-se no corpo da mulher, num gradeamento sugestivo de prisão. O puto é novinho, macaco, mas está-se nas tintas para as bananas e prefere o roubo da carteira. Joga jogo duplo, certamente descansado de que não vai haver acusação pública.
A cena é tabu, obscena e perversa. Fischl transpõe nas suas telas o eterno jogo da transgressão, na arte como na vida.
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