14/11/07

Selen, Wham Bam, Thank You Mam!, por Lili


A pedido de várias famílias e depois de longas divagações pela Golden Age, é tempo de regressar à actualidade e sair das Américas, metendo a mão na massa das estrelas europeias. E aí, é incontornável o nome da super estrela italiana: Selen.

A miúda, filha de famílias abastadas entrou no mundo do porno italiano e fez sucesso imediato com o seu ar desamparado e ausente, a par de um corpo de matrona bem fornecida. De seu nome Luce Caponegro, Selen de nome artístico, nasceu em Roma em 1966, filha de um rico industrial italiano do petróleo.

Aos 18 anos saiu de casa e meteu-se numa comuna de hippies onde acampou sem água corrente durante dois anos. Aos 20 largou o “make love not war” e entrou no porno power abraçando o “make love and get paid for it” com o apoio do primeiro marido. Os pais que estavam arrepiados com o hippismo, enxofraram-se de vez com as cavalgadas em pelo e renegaram a filha. E trataram de mudar de cidade e de amigos. Hoje sabe-se que poisaram em Ravenna. Mas a Selen não desanimou. Perdeu a família, mas ganhou uma legião de fans em todo o mundo.

Aos 27 anos, com o filme “Signori Scandalose Di Provincia”, um filme de alto orçamento, Selen, alcançou o estrelato e o título de “Italy's favourite pornstar”. De 1993 a 1998, Selen arrebatou todos os prémios da indústria e arrecadou 17 troféus nos festivais de Turim e Cannes. Em 1998, fez o incomparável Millenium e retirou-se da cena, porque segundo as suas palavras: “não estava a gostar assim tanto da profissão para continuar”. Sim porque esta pôrra, também cansa!

Selen, nunca desceu à falta de nível dos filmes de encher e optou por fazer poucos filmes – cerca de 40 -, e exigir sempre contracenar em filmes com argumento e história. E quando atingiu os píncaros da glória, passou a exigir também as grandes produções. Mais ainda, além se preocupar por uma história bem contada, os filmes de Selen revelam uma clara preocupação de representar a coisa para além do mero acto sexual. Filmes há, em que claramente o que conta, é o argumento e o acto sexual é apenas a continuação do mesmo. Obviamente que não estamos ao nível sequer de qualquer de série B de Hollywood, mas que há essa preocupação e que ela resulta, isso há. Dirão alguns que isto não se deve tanto à Selen, mas antes de mais aos seus realizadores fetiche como Mário Salieri ou Luca Damiano. Contudo, pelas mãos destes monstros sagrados também passou a Moana Pozzi que encheu o chouriço em centenas de filmes e o Rocco Siffredi, que pulverizou os 40 filmes da Selen com uns valentes 1600 filmes sem qualquer fio condutor que não fosse a enxofradela. Selen foi selectiva como ninguém e quis marcar a diferença.

E essa diferença passa por filmes temáticos e exóticos realizados com meios quase hollywoodescos, que passavam até pelas filmagens massivas “in location”. Falamos do “Selvaghia”, do “Sahara” e do “Selen Regina Degli Elefanti”, este último filmado filmado nas selvas e savanas do Kenya, sendo o “Sahara” filmado nas areias escaldantes já escolhidas por George Lucas. Nestas produções de luxo e meios formidáveis, Selen evoluiu nas areias e oásis, com camelos e tamareiras em pano de fundo, dando satisfação aos beduínos barbudos que lhe apareciam pela frente. E subjugou a savana e a selva africana com o estertor de cenas porno, mailos elefantes, leões e búfalos a jiboiar ao lado. E como deixar de dar aqui uma palavra de apreço pelo soberbo “Sceneggiata Napoletana” com a máfia italiana ao naturel e uma Selen mamã de bebé e biberon, chantageada por um soprano que vai até ao fim. A máfia como nunca viram e deviam ver! Qual Sopranos, qual Padrinhos qual carapuça! Coppola, vê e chora! Aprende homem!

E como deixar ainda de falar da excelente reconstituição do “Drácula” ou das divagações filosóficas de “Eros e Tanatos”. Selen foi uma autêntica intelectual do porno.

Com 40 filmes escolhidos a dedo, dois filhos para criar e dois maridos que sempre a apoiaram, Selen impôs-se no porno e a partir de um controle cerrado do “com quem” e do “como” é que se deitava, construiu um mito iconográfico que lhe rende rios de dinheiro.

Rica e no auge da fama largou tudo e retirou-se da cena em 1998. Apesar de todos os apelos dos clubes de fan da net e do mundo porno, Selen resiste ainda ao regresso. Não precisa. Selen em Itália é uma indústria só por si. Faz programas de rádio, apresenta um programa de televisão e os jornais e revistas atropelam-se para as entrevistas e fotos de reportagem como modelo. Selen não actua já, mas vende como nunca. Patrocinou o vídeo jogo Sex Files. Faz publicidade, teatro e participa em filmes de cinema de primeira linha. Ultimamente dedica-se também a uma intensiva campanha pública de luta contra a Anorexia. Uma Senhora. Distinta. Wham Bam, Thank You Mam!

1 comentário:

Anónimo disse...

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