O Experimentador é uma profissão nova e com muita procura. E bem paga também. As milhentas casas de alterne que invadem a noite deste país, precisam destes profissionais como do pão prá boca, não vá a Asae questionar que o produto está fora de validade ou não obedece às directivas de higiene e segurança da UE. Daí, o Experimentador.
Diga-se em abono da verdade que o Experimentador é um profissional perseguido. Clandestino. Tem a sua liberdade cerceada por um sistema judicial que impede a experimentação. A incompreensão dos nossos tribunais, revelou-se em toda a sua perfídia quando há uns anos condenaram a prisão maior um honesto e incompreendido profissional, que na barra do julgamento explicou pacientemente a ouvidos judiciosos e que o não mereciam, que ele nada a tinha a ver com o crime. O tráfico de carne branca do leste e as bandalheiras dos quartos do primeiro andar da Madame Filipa, nada tinha a ver com ele, pois que ele era apenas o Experimentador. O encarregado de experimentar as meninas novas que apareciam na casa, com vista ao seu controle e bom desempenho profissional. Mais candura que isto não há. Mas os brutos da barra que não estão habituados à verdade, assustam-se quando a ouvem e puseram o homem à experiência na Regional de Coimbra. Um insulto ao verdadeiro sentido do dever.
Contudo, internacionalmente o Experimentador é um profissional conceituado e celebrizado. Tem até o seu líder carismático na pessoa da estrela francesa Pierre Woodman, um mestre e um senhor. Quando a poderosa multinacional do porno sueco, a Private Media Group, resolveu abrir a leste em 1992, precisava de um porco desinibido cujo porte contrastasse com a beleza e a inocência escondida a leste. Da escolha resultou o Pierre Woodman, basicamente um Ron Jeremy europeu.
Feio, gordo, peludo do pescoço aos pés, careca e mal jeitoso com umas manápulas que assustam o medo. Este seboso, ao contrário do Ron Jeremy nem sequer grunhe. Não fala, não diz, e não faz qualquer expressão. Estar ali ou comer tremoços é o mesmo para o gorduroso. Aponta, agarra, atraca e entranha-se. Nas suas mãos peludas a inocência entra temerosa e sai desinibida com a arte de cavalgar toda a sela.
Sem comentários:
Enviar um comentário