24/01/04

CHAPELADA, por Sardanápalo

Há musicais e musicais. O Chapéus de Chuva de Cherbourg, pode ser tudo, obra prima, prima da obra, essêncial, marco histórico, indispensável, tudo, tudo, mas que aquilo é invisível, lá isso é, e garanto eu que o tentei ver duas vezes.

Na segunda tentativa ainda consegui chegar à terceira canção quando a tia recebe em casa o enteado, mecânico, que acabou de se despedir do dia de trabalho do patrão, obviamente a cantar e que cumprimenta as pessoas na rua a cantar. Não estou a gozar. Não há uma única palavra falada em todo o filme. só cantam e dançam. Nem na ópera, caramba!

Ora, eu tenho lá em casa este marco histórico, em boa gravação de vhs. aos gajos comó Satan, Xanatos e quejandos, só posso dizer: combinem a hora e o dia, que eu arranjo o sofá e o filme, e enquanto se lá aguentarem a ver o filme, sem dormir, sem deixar cair a cabeça, dem desmorecer e sem vacilar, eu garanto que vou continuamente servindo iguarias para dar alento ao pessoal. Obviamente, que a qualquer cochilada ou gravação de pestana fechada, reservo-me o direito de dar uma ou outra cachaçada, bem aplicada! Conversa de futebolada ou outro tema fora do filme, vale um carolo, idas à casa de banho não valem e óculos escuros são proibidos. Desvios de atenção em geral serão severamente punidos. E depois de começarem a ver, não podem desistir, aguentam até ao fim, ou então, perdem um jantarinho!

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