Este post já é um bocado tardio, mas eu só ontem soube do episódio porque tenho estado fora em serviço (golfe na Estela e Ponte de Lima) e daqui a pouco saio novamente em serviço (golfe no Montado e em Tróia).
Entre as duas comissões de serviço, lendo os jornais atrasados na internet, vi no DN uma peça sobre uma entrevista que a jornalista Márica Rodrigues, da RTP, fez no passado dia 27 de Julho com o embaixador iraniano em Lisboa. Não acreditei nem nas palavras do jornal, nem nas fotos. Fui ao You Tube e vi então o que me recusava a acreditar.
A "jornalista" ganhou direito às aspas. A minha alma ficou parva. Não aguentei a ira, a indignação e a revolta. a "jornalista" vestia-se a rigor, de acordo com as imposições islâmicas fundamentalistas para entrevistar o embaixador do Irão em LISBOA! Toda de negro, com véu e luvas! Incrível! maquilhage discreta, ar reverente e submisso. Inaceitável!
É certo que em Roma devemos ser romanos. Mas porra, estamos em Lisboa! Ainda podia aceitar que, em Teerão, e por razões de força maior, se pudesse aceitar uma imposição desta ordem, tendo em vista um interesse superior que seria o de ouvir uma personalidade importante, sobre um tema de grande interesse num momento certo. Mas porra, estamos em Lisboa e o senhor embaixador não disse mais do que palvras de circunstância e aproveitou o tempo de antena para propaganda gratuita.
A "jornalista" prestou um mau serviço ao Jornalismo, a Portugal, à União Europeia, à presidência portuguesa da União Europeia, às mulheres iranianas e a todas as mulheres submetidas à tirania e à prepotência tradicionalista dos fundamentalistas islâmicos.
Eu considero que a maior conquista da Humanidade é a instituição civilizacional do princípio da igualdade. Todos somos iguais em direitos e dignidade, independentemente da cor, da força física, da fé, da idade, da opção sexual e do sexo. Uma das maiores realizações do Homem é a aceitação da paridade estatutária entre os sexos. Milénios de discriminação, opressão, violência, humilhação e segregação dos homens sobre as mulheres ainda não foram inteiramente superados. Há ainda, mesmo entre as sociedades ocidentais, muito caminho a percorrer. Um dos pontos em que as sociedades fundamentalistas islâmicas revelam precisamente a sua faceta mais desumana, bárbara, arrogante e prepotente é no modo como tratam as mulheres. Há um grande caminho a percorrer no sentido de oferecer a milhões e milhões de mulheres islâmicas aquilo a que têm direito: DIGNIDADE e IGUALDADE.
Márcia Rodrigues está do outro lado, está do lado dos fanáticos islâmicos. Em Lisboa sejamos livres, tal como em Roma, em Londres, em Paris, em Nova Iorque, em Sidney, em Brasília, em Toronto e onde quer que calhe no mundo ocidental. Já que em Teerão não é possível. Por enquanto.
Entre as duas comissões de serviço, lendo os jornais atrasados na internet, vi no DN uma peça sobre uma entrevista que a jornalista Márica Rodrigues, da RTP, fez no passado dia 27 de Julho com o embaixador iraniano em Lisboa. Não acreditei nem nas palavras do jornal, nem nas fotos. Fui ao You Tube e vi então o que me recusava a acreditar.
A "jornalista" ganhou direito às aspas. A minha alma ficou parva. Não aguentei a ira, a indignação e a revolta. a "jornalista" vestia-se a rigor, de acordo com as imposições islâmicas fundamentalistas para entrevistar o embaixador do Irão em LISBOA! Toda de negro, com véu e luvas! Incrível! maquilhage discreta, ar reverente e submisso. Inaceitável!
É certo que em Roma devemos ser romanos. Mas porra, estamos em Lisboa! Ainda podia aceitar que, em Teerão, e por razões de força maior, se pudesse aceitar uma imposição desta ordem, tendo em vista um interesse superior que seria o de ouvir uma personalidade importante, sobre um tema de grande interesse num momento certo. Mas porra, estamos em Lisboa e o senhor embaixador não disse mais do que palvras de circunstância e aproveitou o tempo de antena para propaganda gratuita.
A "jornalista" prestou um mau serviço ao Jornalismo, a Portugal, à União Europeia, à presidência portuguesa da União Europeia, às mulheres iranianas e a todas as mulheres submetidas à tirania e à prepotência tradicionalista dos fundamentalistas islâmicos.
Eu considero que a maior conquista da Humanidade é a instituição civilizacional do princípio da igualdade. Todos somos iguais em direitos e dignidade, independentemente da cor, da força física, da fé, da idade, da opção sexual e do sexo. Uma das maiores realizações do Homem é a aceitação da paridade estatutária entre os sexos. Milénios de discriminação, opressão, violência, humilhação e segregação dos homens sobre as mulheres ainda não foram inteiramente superados. Há ainda, mesmo entre as sociedades ocidentais, muito caminho a percorrer. Um dos pontos em que as sociedades fundamentalistas islâmicas revelam precisamente a sua faceta mais desumana, bárbara, arrogante e prepotente é no modo como tratam as mulheres. Há um grande caminho a percorrer no sentido de oferecer a milhões e milhões de mulheres islâmicas aquilo a que têm direito: DIGNIDADE e IGUALDADE.
Márcia Rodrigues está do outro lado, está do lado dos fanáticos islâmicos. Em Lisboa sejamos livres, tal como em Roma, em Londres, em Paris, em Nova Iorque, em Sidney, em Brasília, em Toronto e onde quer que calhe no mundo ocidental. Já que em Teerão não é possível. Por enquanto.
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