11/06/07

O País Que Mata Pelo Ridículo, por Sardanápalo

O Eleitorado português nunca castiga os governantes pelas questões essenciais. As grandes asneiras, as decisões que nos custam milhões são fait-divers para o povinho. O que o povinho não perdoa, é a pequena gaffe, a asneirola, o ridículo de um pequeno acto ou gralha.

O Cavaco caiu das alturas de uma maioria absoluta porquê? Por mandar fazer o CCB que custou três vezes mais do que o orçamentado? Porque criou o regime de progressões automáticas da função pública que meteu o país no atoleiro financeiro em que estamos? Népias. Caiu porque cortou o “feriado” de Carnaval, fez um Tabu e decidiu farpear-se a ele mesmo ao comer uma fatia de bolo-rei. Eis o que o engasgou e matou!

O ambiental ministro Borrego, foi incinerado depois de uma anedota sobre reciclagem de alentejanos para aproveitar o alumínio que andavam a beber na água. Guterres não caiu pela péssima decisão das gravuras de foz côa ou pelo horripilante gasto das Scuts. Estatelou-se porque se meteu a fazer contas em directo sobre o PIB e o “é só fazer as contas”!

Resta Sócrates. Não vai lerpar pelo TGV, nem pela OTA, nem pelas contas de merceeiro. Começou a cair com o Canudo de Engenheiro da Farinha Amparo. Resta-lhe mais um ou dois ridículos. Como no Cavaco. Depois cai e incendeia-se! O povo português não perdoa!

Sem comentários: