02/03/09

Balanço do Congresso, por Xuxa

Os xuxialistas lá estiveram reunidos no seu «congresso», termo engraçado, para referir a actividade religiosa de adoração do seu grande líder, o sr. inginheiro. Como se esperava, dali não saiu uma única ideia que mereça ser comentada porque aquilo era um espaço de veneração e não de discussão de ideias. Aquilo distinguiu-se por vários sinais, todos eles aberrantes:

- Começou logo pela bizarra opção do ingenheiro em estar presente nesta operação de veneração em vez de representar o país no fórum europeu onde se discutiu, entre outras coisas sem importância nenhuma, o fim dos off shores (palavra proibida no congresso xuxa) e as medidas para enfrentar a crise e o desemprego.

- A moção única do inginheiro foi aprovada com os votos de todos os mais de mil militantes presentes com uma única excepção de um único militante (quem será?) que votou contra. O cenário faz lembrar os unanismos próprios da Coreia do Norte do camarada Kim, da Venezuela do amigo Chavez ou do Iraque do sadam. Os unanismos são próprios dos regimes não pensantes, como é sabido.

- A concorrência desenfreada dos oradores de serviço que competiram na bajulação ao grande líder. Ouvi um ministro ou o que é aquilo a defender que o inginheiro, nosso Grande Líder é «corajoso, frontal, forte e firme», os hossanas continuaram, altura em que fiz um intervalo para vomitar, depois ouvi outra individualidade a defender que o líder é «inteligente, lindo, convicto» e mais não sei quê e outro dupond ainda «a dizer mesmo mais» que o líder é «carismático, entusiasta, justo e solidário». Ignoro se no final alguém ganhou o prémio «Lambe Botas do Dia» ou se ficaram todos empatados.

- O grande tema do congresso foi a nefanda «Campanha Negra». O «congresso» indignou-se em peso e o ingenheiro não explicou nada de nada, mais uma vez, mas exaltou-se muito. Cabalas!

- Discutiu-se, enfim, a magna questão: será o pêesse um partido de esquerda? Todos os congressistas entrevistados pelas televisões foram unânimes em dizer que sim. Mas quando a jornalista lhes pediu para darem um-exemplo-um de uma medida de esquerda aplicada pelo governo a resposta oscilou entre o Huuuuummmmm, tá a ver, efectivamente, isso é difícil, assim de repente e até houve uma senhora entradota que disse que tinha de atender o telefone. Campanhas negras da comunicação social, claro!

- Também disseram que queriam maioria absoluta e ninguém disse que não queria.

- E houve um senhor do portugal profundo que disse que não estava de acordo com o casamento dos homens sexuais porque o que ele vê no caso dos bichos é os cavalos atrás das éguas e os galos das galinhas e que nunca viu os cavalos atrás dos cavalos nem os galos dos galos...

- Houve o episódio Alegre que não foi e o episódio Vital que vai ser recompensado pelas defesas à Yachine que tem feito do governo. Vai para a Europa, mas pra mim tava melhor na Rússia.

- Também foi giro ver os incondicionais do pêesse actual: caminetes de carreira cheias de velhotes que vão lá passar o dia vindos do país profundo, um must do pêesse já visto aquando das eleições do costa em lisboa. A julgar pela amostra, não há jovens no pêesse a não ser essa praga de jotas que andam sempre agarrados aos partidos, verdadeiras ninhadas de cola-cartazes de onde saem tantos espécimes daninhos ao país (o ingenheiro também foi jota). Quando entrevistados os idosos das caminetes declaram pérolas como esta que ouvi a um: «eles querem é poleiro. Falam, falam, mas quando lá chegam querem é o deles». Mai nada, o que interessa é o passeio à borliu.

- Houve espectáculo de trapezistas e equilibristas como o da ana gomes que, depois de passar os últimos anos a contestar as políticas do governo, acabou por aceitar um lugarzinho nas listas para a europa, tendo ainda mandado dois ou três hossanas ao líder. Lindo!

- E a luz faltou! Gostei do apagão que levou ao encerramento do congresso mais cedo (também para o que aquela gente tinha para nos dizer foi uma verdadeira poupança de energia e assim como assim os velhotes queriam ir dormir, como muito bem disse o camarada almeida santos). Num governo que enche a boca com as novas tecnologias não deixou de ter a sua ponta de ironia. Deve ser isto o tão apregoado choque tecnológico...

7 comentários:

Anónimo disse...

Tenho tido mais que fazer e pouco tempo para o porco, mas vim cá dar uma espreitadela depois de postar a posta do cão (cilindrada justamente e injustamente ao mesmo tempo pela actualidade) e em boa hora o fiz. Grande poste. Apoiadíssimo.
E realço a figura patética do tino de rans que foi de Coimbra perorar sobre os omo-sexuais.
E também registo a obsessão com o Bloco de Esquerda e com os jornalistas.

Anónimo disse...

xuxa já não é xupeta - é só pêta.

Anónimo disse...

já agora, a propósito de off-shores:

Cena - casa do Paulo Bento, manhã cedinho.
MULHER - Ó Paulo, acorda que já são 6h.
PAULO BENTO - O quê, os gajos já marcaram mais um?

Anónimo disse...

Os gajos estão borradinhos de medo do Francisquinho Anacleto Louçã que já vai nos 13%. Eu sempre gostei da Joaninha Amaral Dias, da Aninhas Drago e da Marisa Coimbrinha.Não sei como é que o Anacleto as descobre, mas o gajo tem olho lúbrico.

P.S.(Vade retro!Libera nos domine!)Por falar em olho lúbrico e na visão que é sentido promíscuo.Também gostei do cunnus do Courbet e do temor censório bracarense.A coisa mete medo! Já o La Fontaine narrou o caso de uma mulher que espantou o diabo mostrando-lhe a cona e o Freud compara-a à cabeça com serpentes da Medusa,cujo olhar petrifica.
Ai Braga,Braga, a idolátrica!...

Anónimo disse...

alguns adjectivos para moção:

esta gente congresseira é
ridícula
soez
malformada
deformada
irreformável
filha
filhada
filiada
filiada-da
pê.

filhadap~e.

ésse.

Anónimo disse...

o augustóide santos silba parece-me mais malhado que malhador.
tive um cão de nome Malhado, mas nada a ver com isto.

Anónimo disse...

não vos parece que aquilo ali em baixo na pintura bracarense é exactamente o antónio de um cu-sim?