25/02/04

Cães Danados, por Gengis Kahn

Este fim de semana estive em Cascais. A última vez que por lá passei, há uns anos atrás, fiquei com a ideia de que aquilo ainda tinha uma certa qualidade de vida. Mas agora, em 2004, passou por lá uma vereação do Judas. O caos urbanístico é já uma evidência. Há ali gente a mais, urbanizações «de qualidade» a mais que eu não distingo de Amadoras sub-urbanas. Resta-lhe o mar, vá lá, vá lá, que os empreiteiros ainda não se lembraram de construir no mar...

No domingo andei a passear por um sítio dantesco chamado Torre, lá no meio daquilo. Imaginem um espaço relativamente pequeno com prédios atafulhados. Imaginem as 20 000 pessoas que lá vivem. Agora imaginem que, num ratio normal para a população portuguesa, cada famila tem pelo menos um canídeo. A média é, com certeza, mais alta, tendo em conta que há famílias que têm 9 e 10 cães. Mas deve dar qualquer coisa como uns 5 mil cães num espaço super -exíguo.
Resultado: os gajos que lá moram nem devem notar, de tão habituados que estão, mas eu, que andei a passear por lá às 11 da manhã - hora do passeio do bichinho - até enjoei com o fedor pestilento a merda e a mijo de cão! Puta que os pariu! É bosta nos canteiros, bosta nas árvores, bosta ao pé dos prédios... É mijadela em cada roda de carro, é tanto mijo que, todo junto, dava uma piscina para os cabrões dos donos tomarem banho.
Cascais é ao pé do mar. Mas acreditem: para quem está habituado ao ar puro da província, aquele mar não cheira a mar. Tresanda a bosta e à incivilidade dos donos. Que raio de mania de meterem a bicharada a viver no mesmo sítio das pessoas...

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