Ei-los de novo, potentes, explosivos e exóticos: os Jacarandás. Neste ano, o Jacarandá da esquina nascente da Escola Superior de Educação, na Solum, atrasou-se e o primeiro a despontar a floração foi o Jacarandá da Académica. Brioooosaaa!.
Quer o da Escola, quer o da frente do Pavilhão da Académica já estão em plena floração. Como sempre, a dúzia de venerandos Jacarandás da Rua Leonardo de Almeida Azevedo ainda estão a deixar cair a folhagem. Há que aguardar mais uns dias para o desabrochanço destes. Não percam depois o Jacarandá do Trianon, hoje a mais bela copa da cidade. E lamentemos de novo que com a construção do Fórum não tenham sabido salvar o maior e mais bonito Jacarandá de Coimbra, que era o da Mondorel no sitio onde hoje é a estrada de acesso ao centro comercial.
Enquanto se espera pelo “azul estonteante” da republicana subida, aqui ficam os Jacarandás pela voz de quem sabe: Pablo Neruda no seu Canto Geral abre o poema Vegetação com “O Jacarandá soltava espuma, feita de resplendores transmarinos, (…)”, e Manuel Vazquez Montalban no As Termas mostra-nos um Pepe Carvalho rendido: “Um microclima, diz repetidamente para si Carvalho, quando quer explicar o milagre dos Jacarandás,(…). Rafael Alberti no poema Vaivém, fala da “neve azul do Jacarandá”
Coimbra está cheia deles. Abram esses olhos com olhos de ver e levantem a cabeçorra, que há desabrochanços mais bonitos nas copas do que nos passeios!
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